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Brasil quer apoio da ONU contra vigilância

Itamaraty faz lobby no Conselho de Direitos Humanos para aprovar resolução condenando espionagem dos EUA

Proposta já teve adesão de sete países latino-americanos; governo brasileiro procurará africanos e asiáticos

BERNARDO MELLO FRANCO DE LONDRES

A diplomacia brasileira começou a buscar apoio de outros países para protestar no Conselho de Direitos Humanos da ONU contra os sistemas de espionagem dos EUA.

O Itamaraty quer um documento condenando a prática na próxima reunião do grupo, marcada para 9 de setembro em Genebra, na Suíça.

A ideia é conseguir a adesão de um bloco representativo de nações para obrigar Washington a prestar explicações sobre seus programas.

As primeiras conversas já mostraram que não será fácil. Diplomatas europeus indicaram que não devem aderir por temer represálias, contaram negociadores à Folha.

Até agora, o Itamaraty só conta com o apoio de sete países latino-americanos com assento no órgão, que tem 47 membros rotativos. Há temor de que o Brasil fique isolado.

A ideia de levar o caso à ONU foi lançada pela presidente Dilma Rousseff na segunda-feira, depois da revelação de que o país também foi espionado pela NSA.

No texto, o Itamaraty pretende dizer que a liberdade de expressão, exaltada pelos EUA, depende do respeito à privacidade dos cidadãos.

O Brasil tende a não citar os EUA diretamente, em estratégia para atrair apoios, mas o alvo será Washington.

O Conselho de Direitos Humanos da ONU não tem poder de punição, mas uma resolução sobre o escândalo causaria constrangimento ao governo de Barack Obama.


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