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Microsoft ajudou EUA a ter acesso a dados

Segundo jornal britânico, empresa facilitou agência de espionagem a quebrar criptografia do Skype e Outlook

Documento sugere que agentes da NSA podem monitorar áudio e vídeo de conversas feitas via Skype; empresa nega

DE SÃO PAULO

A Microsoft colaborou intensamente com os serviços de inteligência dos EUA para permitir que comunicações dos usuários de seus programas fossem interceptadas, segundo reportagem do jornal britânico "The Guardian".

A empresa ajudou a NSA (Agência de Segurança Nacional) a quebrar seu próprio sistema de criptografia.

Os dados vazados pelo ex-técnico da CIA Edward Snowden ilustram a escala de cooperação entre empresas do Vale do Silício e a inteligência americana nos últimos três anos.

Comprado pela Microsoft em 2011, o Skype, com cerca de 660 milhões de usuários no mundo, trabalhou com técnicos da inteligência para habilitar o acesso do software de espionagem Prism.

Um documento sugere que o monitoramento do Prism sobre o Skype quase triplicou desde que um dispositivo foi adicionado em julho de 2012. "Os áudios dessas sessões eram processados inteiramente, mas sem o vídeo. Agora, analistas terão a imagem completa", diz o texto.

A coleta de dados do Skype pela NSA teria começado em 6 de fevereiro de 2012.

Especialista em tecnologia da ACLU (União das Liberdades Civis Americanas), Chris Soghoian diz que as revelações devem surpreender muitos usuários do Skype. "No passado, o Skype fez afirmações contundentes a usuários sobre a impossibilidade de as conversas serem espionadas", afirma Soghoian.

A NSA também recebeu instruções da companhia para burlar a criptografia no site do software Outlook antes mesmo de seu lançamento.

OUTRO LADO

As últimas revelações aprofundam a tensão entre as gigantes do setor de tecnologia e o governo do presidente Barack Obama.

Obama vem sendo pressionado pelas empresas para permitir que sejam divulgados detalhes sobre a colaboração entre elas e a NSA, o que analistas identificam como uma tentativa dos executivos de se afastar das críticas ao governo dos EUA.

A Microsoft afirmou que não está a salvo de atender a exigências legais do governo quando lança ou atualiza produtos.

A companhia ainda reiterou seu argumento de que só fornece dados de usuários "em resposta a exigências governamentais, e apenas com relação a usuários ou contas específicas".

Em sua última campanha, a Microsoft enfatizou o compromisso com a privacidade no slogan: "Sua privacidade é nossa prioridade".

Documentos revelados anteriormente por Snowden, porém, dão a entender que a NSA teria "acesso direto" aos diretórios das grandes companhias de internet, incluindo Microsoft, Skype, Apple, Google, Facebook e Yahoo.


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