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Israel mantém escola que ensina como ser judeu

DO ENVIADO A GONDER

O estudante Gezahegn Derebe, 18, usa quipá de crochê com as cores azul e branca, da bandeira de Israel, e é fluente no hebraico. Frequenta diariamente a sinagoga. Parece precisar provar a todo momento que é judeu.

Talvez porque em sua testa uma cruz verde tatuada chame a atenção e de lá jamais sairá.

Derebe é um "falash mura". Nasceu em uma família cristã em um povoado a 150 km de Gonder (sete horas de viagem), foi batizado e marcado com uma cruz, tradição na região.

Descobriu-se judeu há cerca de três anos, quando chegou a Gonder. Após ganhar direito a migrar para Israel, foi matriculado na escola mantida pelo governo israelense na cidade.

No novo país, quer fazer serviço militar, sonha pilotar um caça e pretende estudar o Velho Testamento. A escola tem 200 estudantes, mas já teve 900. O número caiu à medida que as crianças e jovens foram embarcando para Jerusalém. "A partida dos colegas é estressante para os que ficam, aumenta a ansiedade deles", diz o diretor, Asrat Kassa.

O currículo tem as nove disciplinas normais da educação na Etiópia --matemática, história, ciências etc.--, mais duas específicas: hebraico e "judaísmo", onde se aprende história e doutrina da religião.

Diariamente os estudantes almoçam, rezam na pequena sinagoga e recebem atendimento médico.

Muitos dos que chegam nasceram e passaram a infância em casebres isolados no meio rural.

A adaptação a Israel não é fácil, mas poucos mostram medo. "Não acho que em Israel será tão pacífico quanto aqui, mas eu aguento", afirma Derebe.


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