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Representante das mulheres teme islamitas

DIOGO BERCITO DO ENVIADO A SANAA

Uma mulher sobe ao palco durante uma reunião do Diálogo Nacional do Iêmen. Apenas seus olhos estão descobertos.

Nervosa, ela discursa contra as cotas para membros femininos no governo, uma das propostas em discussão. Desce do palco aplaudida --mas não por Nadia Sarkat, editora do "Yemen Times" e representante das mulheres no debate em andamento sobre o futuro do país.

"Foi decepcionante", diz a jornalista à Folha. "Mas temos de lidar com as opiniões diferentes."

Isso inclui as posições do guarda-chuva de oposição Al-Islah, formado no Iêmen por membros da franquia local da Irmandade Muçulmana, incluindo a prêmio Nobel da Paz Tawakul Karman.

A Irmandade é uma entidade de cunho islâmico presente em vários países da região e alvo de críticas de Sarkaf.

"Quando olhamos para o Egito e para a Tunísia, nós nos preocupamos", diz ela, fazendo referência a países em que islamitas subiram ao governo após a Primavera Árabe. "A Irmandade Muçulmana joga com a ideologia."

VÉU

A editora, que desde 2005 trabalha para o jornal local "Yemen Times", lidera atualmente um time de 14 repórteres, sete dos quais são mulheres. Nenhuma usa o véu islâmico.

"Depois de um tempo, decidi não contratar mulheres com o rosto coberto", afirma. "O jornalismo é uma profissão em que é importante mostrar a sua identidade", justifica.


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