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Egito empossa novo governo temporário, sem islamitas
Líder do Exército chefia Defesa e é vice-premiê
O Egito empossou ontem um gabinete temporário sob a Presidência interina de Adly Mansur, dando continuidade ao golpe de Estado que depôs Mohammed Mursi neste mês.
O novo governo privilegia figuras liberais e economistas, deixando de fora os membros da Irmandade Muçulmana, à qual Mursi está ligado. A organização condenou o gabinete liderado pelo premiê interino, Hazem al-Beblawi, afirmando que não reconhecerá sua legitimidade.
Não há entre os 35 membros do novo governo egípcio indivíduos vindos de grupos islamitas --nem mesmo do partido salafista Al-Nur, que apoiou a transição política.
O gabinete temporário faz parte da transição traçada pelo Exército, que inclui a realização de eleição parlamentar em período de seis meses.
Abdel Fatah al-Sisi, líder do Exército e novo herói popular no Egito, foi apontado vice-premiê e ministro da Defesa no governo interino. Mohammed Ibrahim, apontado por Mursi, ficou no cargo de ministro do Interior --antes do golpe de 3 de julho, a pasta se posicionou contra o islamita e a favor do Exército.
Nabil Fahmy, embaixador egípcio nos EUA entre 1999 e 2008, foi apontado chanceler. Há três mulheres no gabinete, nas pastas de Informação, Saúde e Ambiente.
