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Panamá retém navio que ia de Cuba à Coreia do Norte com armamentos

Cargueiro trazia equipamento para mísseis disfarçado em carga de açúcar, diz governo panamenho

Havana reconhece que as armas são suas e diz que elas seguiam para reparos; Pyongyang não comenta assunto

DO "NEW YORK TIMES"

As autoridades panamenhas apreenderam no canal do Panamá um cargueiro norte-coreano que viajava de Cuba ao país asiático, afirmando que o navio transportava componentes para sistemas de mísseis disfarçados em meio a uma carga de açúcar.

O presidente panamenho, Ricardo Martinelli, que anunciou a apreensão na noite de anteontem, postou uma foto no Twitter mostrando o que descreveu como "sofisticado equipamento para mísseis" encontrado no porão de carga do navio de 137 m de comprimento e 36 anos de idade.

Segundo as autoridades, os 35 tripulantes do navio foram detidos após resistirem a esforços para redirecionar a embarcação ao porto panamenho de Manzanillo, e o capitão tentou se suicidar depois que o navio foi apreendido. Não há informações claras sobre a condição do capitão.

O presidente disse que o navio, detido inicialmente por suspeita de transportar narcóticos, sofreria inspeção completa. Antes da detenção, os tripulantes desconectaram os cabos dos guindastes de bordo, o que o ministro da Segurança José Raúl Mulino chamou de "sabotagem".

Ontem à noite, quase 24 horas após o Panamá informar que encontrou as armas, a Chancelaria cubana afirmou, em nota, que são suas. Segundo o governo cubano, elas seguiam para reparo e posterior devolução à ilha.

"No navio citado são transportadas 240 toneladas de armamento defensivo obsoleto --duas baterias de mísseis antiaéreos Volga e Pechora, nove mísseis em partes, dois aviões Mig-21 Bis e 15 turbinas desse tipo de aparelho--, tudo fabricado em meados do século passado, para ser reparado e devolvido ao nosso país", afirmou a Chancelaria.

"Os acordos firmados por Cuba (...) sustentam-se na necessidade de manter nossa capacidade defensiva para preservar a soberania nacional", acrescentou a nota.

Até ontem, nenhuma autoridade norte-coreana se manifestara sobre a apreensão. Coreia do Norte e Cuba têm relação estreita, em parte como consequência dos esforços dos EUA para colocá-los no ostracismo internacional.

Antes da nota de Cuba, especialistas afirmavam que as armas podiam violar as sanções da ONU à Coreia do Norte, que visam reduzir sua capacidade de exportar e importar tecnologia de mísseis.


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