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Justiça condena opositor de Putin a 5 anos de prisão

Alexei Navalny queria concorrer à Prefeitura de Moscou, capital da Rússia

EUA e europeus dizem que a sentença foi política; 260 são presos após protestos em São Petersburgo e Moscou

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O advogado Alexei Navalny, 37, proeminente líder da oposição russa que se declarou candidato a prefeito de Moscou, foi condenado a cinco anos de prisão ontem por roubar uma empresa.

A pena, inesperadamente dura, foi creditada por seus partidários à perseguição política do presidente Vladimir Putin e provocou protestos no exterior, no mundo político russo e nas ruas de várias cidades, incluindo Moscou e São Petersburgo --nestas últimas, ao menos 260 manifestantes foram presos, segundo ativistas.

Navalny, ativista anticorrupção na internet, emergiu na cena pública nos grandes protestos contra as eleições parlamentares de 2011, atacadas como fraudulentas.

A corte condenou o advogado sob a acusação de ter liderado esquema para roubar o equivalente a R$ 1,1 milhão de uma empresa madeireira em 2009, quando ele era conselheiro do governador de Kirov, capital da província de mesmo nome.

Os juízes basearam a sentença contra Navalny e um sócio no depoimento de um terceiro implicado, que confessou. A defesa foi proibida de levar 13 testemunhas.

A sentença de cinco anos de prisão impediria Navalny não só de concorrer à Prefeitura de Moscou, em eleições que ocorrem em setembro, mas também de aspirar à Presidência em 2018.

Cabe recurso, ainda que a reversão do resultado seja considerada improvável.

Segundo um aliado do advogado, a acusação pediu que Navalny espere a apelação em liberdade e ele poderia ser solto hoje.

O Kremlin não tem feito esforços para negar que o julgamento do opositor é politicamente motivado.

Navalny ouviu o veredicto em silêncio e desrespeitou a proibição do uso de celular durante o julgamento. Saiu do local algemado.

A chanceler da União Europeia, Catherine Ashton, disse que o julgamento "levanta sérias dúvidas sobre o Estado de direito na Rússia". Os EUA se disseram "profundamente desapontados". Em nota, o ex-líder soviético Mikhail Gorbatchov disse que o caso "confirma que não temos um sistema Judiciário independente."


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