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Governo chinês veta construção de prédios oficiais por cinco anos

Medida integra "campanha de frugalidade" liderada pelo presidente do país, Xi Jinping

DE PEQUIM

O governo chinês emitiu ontem uma ordem proibindo a construção de novos prédios oficiais nos próximos cinco anos. Segundo a agência de notícias estatal Xinhua, a medida faz parte da "campanha de frugalidade" liderada pelo presidente do país, Xi Jinping.

"A ordem exorta os órgãos do Partido Comunista e do governo a serem frugais e a assegurarem que os gastos oficias sejam destinados ao desenvolvimento da economia e à melhora do bem-estar da população", diz a Xinhua.

A determinação de "apertar o cinto" e enxugar custos com banquetes, viagens e carros oficiais já constava no orçamento nacional para este ano --anunciado em março, quando Xi tomou posse.

O governo não informou quanto espera economizar com os cinco anos de congelamento nas construções.

No orçamento de 2013, de US$ 1,12 trilhão (R$ 2,5 trilhões), não é detalhada a verba para prédios públicos.

O anúncio ocorre em meio a uma desaceleração econômica. Apesar da ordem para racionalizar gastos, o governo indicou que poderá lançar medidas de estímulo para evitar que a economia faça um pouso forçado.

Após descartar várias vezes a hipótese de um pacote de estímulo, o premiê chinês, Li Keqiang, afirmou que o crescimento do PIB não pode ficar abaixo de 7%. A meta estabelecida pelo governo para este ano é de 7,5%.

GUERRA À CORRUPÇÃO

A medida baixada ontem pelo PC chinês reforça o tom imposto pelo novo presidente, que declarou guerra à corrupção e às extravagâncias de membros do partido.

Repetindo o alerta do governo que o antecedeu, Xi disse que a corrupção nos círculos oficiais tornou-se endêmica, a ponto de ameaçar o partido no poder.

Uma série de escândalos de desvios em obras públicas enfureceu a opinião pública nos últimos anos, aumentando a pressão sobre o governo, mas construções faraônicas continuaram a ser erguidas.

Em 2007, uma ordem já havia tentado conter excessos, com uma lista de construções proibidas em prédios oficiais, incluindo lobbies suntuosos, restaurantes, jardins e palcos com sistemas de som.

Embora a cruzada anticorrupção tenha levado algumas autoridades ao banco dos réus, ela é vista com ceticismo por muitos ativistas, que a consideram um jogo de cena ou mero acerto de contas dentro do partido. (MN)


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