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Foco

Máfias italianas usam energia 'verde' para lavar dinheiro

DE SÃO PAULO

Acostumada a atuar em setores "sujos" para se financiar, como o tráfico de drogas, a Máfia italiana tem aumentado seus investimentos em um negócio mais "limpo": as energias alternativas.

Em relatório sobre o crime organizado na Itália, a Europol, agência de polícia intergovernamental da União Europeia, registrou crescimento na participação de criminosos na economia "verde".

Segundo as autoridades, a Máfia passou a utilizar esse espaço --principalmente o de geração de energia eólica-- como forma de se infiltrar na economia legal e de lavar dinheiro de atividades ilícitas.

A economia verde é uma fachada com benefícios: afinal, os criminosos podem aproveitar os subsídios e incentivos fiscais criados para o setor pelo poder público italiano e pela União Europeia.

CERCO

Em abril, a polícia confiscou bens avaliados em mais de US$ 1 bilhão (R$ 2,28 bilhões) do empresário Vito Nicastri, 57, conhecido como o "senhor dos ventos" (por sua atividade no setor de energia eólica), após investigar sua relação com um dos homens mais procurados pela polícia internacional: Matteo Messina Denaro, o chefão da Cosa Nostra --os bens estavam congelados desde 2010.

No ano passado, a polícia da Itália confiscou € 350 milhões (R$ 1 bilhão) em ativos de um dos maiores parques eólicos da Europa, em Crotone, no sul do país, após concluir que o empreendimento tinha ligação com a Ndrangheta, organização poderosa na região da Calábria.

Antes que se pense o contrário, os criminosos não têm exatamente consciência ambiental. Entre outras atividades da máfia está o tráfico de lixo (transferência ilegal de resíduos de um país a outro).


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