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Câmara dos EUA endurece sanções ao Irã

Medida, que ainda depende da aprovação do Senado e de Obama, ameaça negociações sobre programa nuclear

Governistas criticam momento da proposta; novo presidente do Irã, tido como moderado, assume em cinco dias

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A Câmara dos EUA aprovou ontem um projeto que estipula novas sanções ao petróleo do Irã e a outras indústrias do país, onde em cinco dias assume a Presidência Hasan Rowhani, um clérigo moderado e ex-negociador do programa nuclear iraniano.

A medida levanta temores no governo dos EUA, que considera o momento inadequado e o conteúdo severo demais. Se implantada, agravará a economia iraniana, abalada por sanções anteriores.

O projeto torna ilegais negócios nas áreas de mineração e construção civil iranianas. Também corta em mais 1 milhão de barris por dia as exportações iranianas de petróleo ao longo de um ano, além de visar a extinção total das vendas de petróleo do país asiático até 2015.

A proposta, endossada pela maioria dos deputados americanos, não cita a recente eleição de Rowhani nem seu apelo por melhores relações do Irã com o mundo.

No ano passado, penalidades impostas pelos americanos cortaram pela metade as exportações de petróleo iranianas. Entretanto, China, Índia e vários outros países seguem comprando do país.

Para serem postas em prática, as novas restrições dependem da aprovação no Senado e, depois, da Presidência. A proposta é vista como afronta da Câmara --tomada por maioria do Partido Republicano-- à disposição de Barack Obama ao diálogo.

MAU SINAL

Obama e democratas temem que novas restrições atrapalhem o diálogo sobre o programa nuclear do Irã, às vésperas de novo governo com discurso moderado.

Antes da decisão da Câmara, a porta-voz do Departamento de Estado dos EUA afirmou que, apesar de investir no isolamento iraniano, os EUA "deixam clara a disposição de sentar e conversar substancialmente assim que eles estejam prontos".

Além de dificultar, no Irã, a defesa de uma conciliação com os EUA, o endurecimento poderia expor os EUA a constrangimentos.

Se a China, por exemplo, desafiasse a proibição, os EUA se veriam em um dilema: criminalizar transações com bancos e empresas chinesas ligadas ao óleo iraniano, sob risco de tumultuar a economia do mundo, ou fazer vista grossa e encorajar o desrespeito às sanções.

O petróleo é a maior fonte de renda do programa nuclear iraniano, tido como ameaça por Washington, que vê intenções de obter a bomba atômica. Teerã nega.


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