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Editor de jornal de oposição é mantido preso na Venezuela

Segundo o Ministério Público do país, Leocenis García não explicou dinheiro não declarado nas suas contas

Miguel Otero, dono do diário 'El Nacional', teve contas congeladas; para a defesa de ambos, ação tem caráter político

DE SÃO PAULO

O Ministério Público da Venezuela confirmou ontem a prisão de Leocenis García, do grupo editorial "6to Poder", de oposição ao governo. García é acusado de suposta lavagem de dinheiro.

Segundo os advogados do editor, García está preso desde anteontem. Os defensores protestam contra a medida, que consideram destinada a hostilizar o grupo, dono de uma publicação semanal, sites e uma revista. As contas do grupo "6to Poder" também foram bloqueadas.

Em nota, o Ministério Público diz que García foi preso por não explicar "altos montantes de dinheiro que maneja em suas contas, os quais não declarou" ao Fisco.

Também ontem, o presidente do jornal "El Nacional", Miguel Otero, confirmou que teve contas pessoais bloqueadas pela Justiça.

O congelamento é parte de processo em que o ex-prefeito de Caracas Alfredo Peña, investigado por enriquecimento ilícito e foragido, cobra US$ 3,5 milhões que teria emprestado a Otero.

"Essa é uma ação civil, de cobrança", disse Otero à Folha ontem. "Eles acossam pessoas de rádio, de TV, com leis e ameaças, gerando autocensura. E há meios que não se dobram, como o nosso, e por isso eles têm de inventar outras coisas, como transformar a Justiça num circo midiático."

Otero, da família fundadora e dona do "El Nacional", um dos mais tradicionais do país, diz que a ação não atrapalhará a festa de 70 anos do jornal, prevista para amanhã.

Anteontem, a SIP (Sociedade Interamericana de Imprensa), que reúne jornais das Américas, divulgou nota se dizendo "preocupada" com as medidas contra Otero e o grupo "6to Poder" e cobrou "transparência" do governo de Nicolás Maduro.

DEPUTADO E CAPRILES

"O governo de Maduro é mais repressivo [que o de Chávez] por causa da crise econômica", disse Otero, que citou como "criminalização da dissidência" o caso do deputado opositor Richard Mardo.

Mardo, acusado de não declarar contribuições de campanha, teve a imunidade parlamentar suspensa anteontem pela Assembleia Nacional --com votos da maioria simples do chavismo na Casa. Agora, será processado.

O ex-candidato à Presidência Henrique Capriles, principal nome da oposição, convocou para sábado marcha em apoio a Mardo.


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