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Após deixar cargo, Ahmadinejad quer fundar universidade própria

DE TEERÃ

Após encerrar, amanhã, seus oito anos como presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad se dedicará ao mundo acadêmico.

O controverso presidente, que cederá o cargo a Hasan Rowhani, obteve permissão para fundar uma universidade em Teerã dedicada às ciências exatas e à alta tecnologia, segundo a mídia local.

O anúncio põe fim a meses de especulação sobre o que Ahmadinejad, rompido com a maior parte da classe política, fará ao deixar o governo.

O sinal verde foi dado no último fim de semana pelo Conselho Supremo da Revolução Cultural, que supervisiona a conformidade do ensino no país aos princípios da revolução islâmica de 1979.

O presidente, que é professor universitário de engenharia de transporte, admitiu o plano em entrevista recente a uma emissora de televisão.

A universidade, privada e aberta a estrangeiros, oferecerá cursos de pós-graduação em nanotecnologia, engenharia espacial e nuclear, entre outras áreas, segundo a agência de notícias Tasnim. Não está claro quando ela começará a ser construída.

Mas os planos estão ameaçados pelos adversários do presidente, entre eles o presidente eleito Rowhani, que consideram Ahmadinejad um mau gestor e um provocador.

Emad Afrough, chefe de campanha de Rowhani, afirmou que o novo governo cogita reverter todas as decisões tomadas nos últimos dias da era Ahmadinejad.

Parlamentares endossaram as críticas contra a nova universidade, vista como manobra de Ahmadinejad para formar acadêmicos alinhados à sua ideologia anticlerical.

Um dos principais motivos de atrito com a cúpula do regime foi gerado pelo esforço do presidente nos últimos anos para promover o nacionalismo persa em detrimento dos ideais islâmicos vigentes desde a revolução de 1979.

Especula-se que o líder supremo, aiatolá Ali Khamenei, possa ter aprovado a criação da universidade como forma de manter Ahmadinejad fora da esfera política.


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