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Mercosul reclama à ONU sobre espionagem dos Estados Unidos

Chanceleres do bloco reúnem-se com Ban Ki-moon em Nova York

JOANA CUNHA DE NOVA YORK

Os ministros das Relações Exteriores do Mercosul reuniram-se ontem em Nova York com o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, para expressar seu repúdio à espionagem praticada pelo governo americano nos países da região.

A decisão de levar o assunto à ONU, tomada no último encontro do bloco em Montevidéu, em julho, foi bem recebida, segundo o chanceler brasileiro Antonio Patriota.

"O secretário-geral manifestou solidariedade, compartilhou essa preocupação. A ideia agora é nos coordenarmos entre Unasul e Mercosul para examinar as maneiras mais apropriadas de levarmos adiante algumas iniciativas", disse Patriota.

O bloco também planeja levantar o tema novamente hoje na ONU, no debate aberto organizado pela Argentina --que assumiu a presidência temporária do Conselho de Segurança-- e introduzir a questão na próxima Assembleia-Geral.

Patriota não entrou em detalhes sobre que iniciativas o grupo estuda tomar, mas um porta-voz do Itamaraty afastou a ideia de sanção.

O chanceler também mencionou outras questões abordadas na reunião da cúpula do Mercosul do mês passado, como a soberania argentina sobre as Malvinas e a reprovação do grupo ao episódio em que o avião do presidente boliviano, Evo Morales, foi proibido de fazer escala na França, em Portugal, na Espanha e na Itália no início do mês passado.

Na ocasião, os europeus suspeitavam que a aeronave pudesse levar a bordo o ex-técnico da CIA Edward Snowden, que vazou detalhes sobre o programa de vigilância praticado pela NSA (Agência de Segurança Nacional) e buscava asilo para escapar de um processo nos EUA.

"É uma manifestação de alerta sobre as graves implicações de práticas que são atentatórias à soberania dos Estados e violam os direitos humanos, o direito de privacidade, o direito à informação, como a própria alta comissária de Direitos Humanos da ONU reconheceu", disse Patriota.


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