Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mundo

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Egito declara fim de negociações no país

Governo interino diz que esforços internacionais fracassaram, culpa islâmicos e ameaça tirá-los à força de praças

Premiê dá um novo ultimato a grupos pró-Mursi, o que eleva temores de ainda mais violência no país

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O governo interino do Egito, apoiado pelos militares, declarou ontem o fracasso dos esforços de mediação internacional para acabar com a crise política no país --culpando, em especial, a Irmandade Muçulmana, do presidente deposto Mohammed Mursi.

Junto ao fim precipitado das negociações, o governo interino deu um novo ultimato para que os aliados de Mursi acampados em duas praças no Cairo deixem os locais voluntariamente.

O premiê Hazem al-Beblawi ameaçou dispersar os manifestantes à força após o fim do Ramadã, mês sagrado para os islâmicos. Não ficou claro, no entanto, se o prazo para a retirada voluntária termina hoje ou junto com o feriado do Eid al-Fitr, no domingo.

"A decisão acordada por todos de limpar os acampamentos é final e irreversível", disse Beblawi à TV estatal.

Há o temor de que o endurecimento do discurso do governo leve a uma espiral de violência ainda maior no país.

Desde o golpe que derrubou Mursi, em 3 de julho, mais de 250 pessoas morreram em confrontos de manifestantes com forças de segurança.

O secretário-geral do braço político da Irmandade Muçulmana, Mohamed el-Beltagy, deixou claro que os manifestantes não sairão das praças de Al Nahda e Rabia al-Adawiya.

"O que nos importa é que haja uma conversa clara sobre nossa posição contra o golpe militar e a importância do retorno da legitimidade", disse Beltagy à Associated Press.

Os EUA e a União Europeia --que, junto com Qatar e Emirados Árabes Unidos, pressionaram as partes por uma solução diplomática nos últimos dez dias-- se disseram "preocupados" com o "impasse perigoso" reforçado pela decisão do governo interino.

"A situação segue muito frágil, o que representa não só um risco de mais derramamento de sangue e polarização no Egito, como impede a recuperação econômica tão essencial para uma transição de sucesso", diz um comunicado do secretário de Estado americano, John Kerry, e da chefe da chancelaria europeia, Catherine Ashton.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página