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Mujica liga alta de roubo no Uruguai ao tráfico

Combate a traficantes é argumento do presidente para legalizar maconha

Moradores farão passeata amanhã na capital, Montevidéu, em que pedirão mais segurança ao governo

LÍGIA MESQUITA DE BUENOS AIRES

O presidente do Uruguai, José Mujica, associou o aumento da criminalidade no país ao consumo e ao tráfico de entorpecentes. A declaração foi dada quando ele comentava um crime de repercussão nacional: a morte de um policial em um tiroteio em uma tentativa de assalto a uma agência dos Correios.

"Cometer um delito pode ser mais comum se se consome droga; mas não se prova que os delitos ocorram sob a influência da droga ou por uma necessidade de consumi-la. Mas há uma relação entre delito, violência e consumo de droga", afirmou.

Um dos argumentos do governo para aprovar a legalização da venda de maconha é combater o tráfico.

Nesta semana, o Observatório sobre Violência e Segurança do país divulgou dados da criminalidade no primeiro semestre. Em comparação a igual período de 2012, o número de roubos subiu de 8.011 para 8.864. Já o de homicídios teve pequena queda: de 142 para 136.

Muitos uruguaios reclamam da falta de segurança.

Para amanhã, está prevista uma passeata em Montevidéu. Os organizadores pedem para as pessoas levarem velas brancas e bandeiras do Uruguai, sem referência a partidos. "Não interessa saber se sou filiado a algum partido. Estou organizando essa passeata como uruguaio", disse à Folha Miguel Gonzalez, organizador do evento.

Carmen Aramburu, suplente de deputada pelo Partido Nacional, e moradora do bairro onde o policial foi morto, discursou em frente ao local do crime pedindo mais segurança. "Estamos cansados. O governo é inoperante". Ela é contra a legalização da maconha e não acredita que os crimes diminuirão com a lei. "O tráfico de maconha não é um problema aqui", diz.


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