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Colonos veem palestinos como 'inquilinos protegidos'

DE JERUSALÉM

Ocupado por Israel em 1967 durante a Guerra dos Seis Dias, o diminuto bairro de Sheikh Jarrah representa, além de um microcosmo do conflito entre árabes e israelenses, um dos futuros entraves às negociações de paz.

A região em disputa é, para ativistas de direitos humanos, exemplo de legislação que discrimina palestinos.

Segundo os colonos que reivindicam essa região desde os anos 1970, as propriedades em Sheikh Jarrah foram compradas por organizações judaicas no século 19.

Os terrenos foram, no entanto, entregues em 1956 a 28 famílias de refugiados palestinos em um acordo entre a ONU e o governo da Jordânia, que à época tinha o controle de Jerusalém Oriental.

Em 1982, foi firmado um acordo entre ambas as partes, estipulando que os palestinos reconheciam a propriedade como judaica mas passavam a ser considerados "inquilinos protegidos". Ou seja, eles só poderiam ser despejados caso rompessem com um contrato de aluguel.

As famílias palestinas se recusam a pagar aluguel em uma propriedade que consideram ser sua por direito.

As expulsões ocorrem quando os contratos não são respeitados. No caso da família Kurd, pela construção ilegal de um anexo.

Hoje, a legislação permite que um colono volte a um terreno que possuía no século 19 mas impede um palestino de retornar à casa da qual foi expulso em 1948, com a criação do Estado de Israel.

Para o advogado Danny Seidemann, especialista em Jerusalém Oriental, a questão é mais moral do que legal. "É, problemática uma lei aplicada a um Estado binacional, em uma cidade sob ocupação, que permita que o ocupador recupere propriedades mas impeça o ocupado de fazer o mesmo." (DB)


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