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Análise

Repressão no país funciona como estímulo para a Al Qaeda

MYRA MACDONALD DA REUTERS, EM LONDRES

Com as imagens de manifestantes islâmicos sendo mortos espalhadas pela mídia de todo o planeta, a inquietação no Egito se enquadra perfeitamente à narrativa da Al Qaeda, que retrata os islâmicos como vítimas.

Oferece à organização terrorista uma oportunidade perfeita para expandir sua estratégia de exploração da instabilidade, que já colocou em uso na Líbia, Síria e Iraque.

O Egito talvez não se torne uma frente de combate aberta da jihad --a situação lá é imprevisível demais para saber--, mas a violência tornou o país mais vulnerável a ataques a bomba. Representa um chamado à ação para os que defendem o uso da violência para colocar todos os muçulmanos sob o domínio da sharia, a lei islâmica.

"A mobilização de uma frente jihadista no Egito serve à recente agenda da Al Qaeda de explorar conflitos locais para levar adiante a intenção de promover uma revolução liderada por jihadistas em toda a região", disse o serviço de monitoração SITE.

A derrubada de Mohammed Mursi reforçou a campanha de propaganda de Ayman al-Zawahri, o egípcio no comando da Al Qaeda que acusou a Irmandade Muçulmana de traição por tentar introduzir o islamismo político sem recorrer à violência.

A preocupação é que membros da Irmandade agora se deixem atrair por Zawahri, que estaria no Paquistão.

As Forças Armadas egípcias dizem que a Al Qaeda já está ativa, e que ação firme é o único modo de reprimi-la.

O Ministério do Exterior distribuiu foto no domingo mostrando o que disse serem membros da Irmandade Muçulmana carregando uma delas uma bandeira da Al Qaeda. Um dia antes, fontes nos serviços de segurança afirmaram que Mohamed, irmão de Zawahri, havia sido detido.

A Irmandade Muçulmana nega ter conexões com a rede terrorista, e analistas duvidam que jihadistas acorram ao Egito vindos do exterior. O destino preferencial, por enquanto, seguirá sendo a Síria.


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