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Ataque no deserto do Sinai mata ao menos 24 policiais egípcios

DIOGO BERCITO DO ENVIADO AO CAIRO

Um ataque de militantes no deserto do Sinai deixou, ontem, ao menos 24 policiais mortos e três feridos. De acordo com fontes de segurança, um veículo foi atingido por lançadores de granada, próximo à passagem de Rafah rumo à faixa de Gaza.

A região norte do Sinai tornou-se, com a deposição de Mohammed Mursi, um território de difícil controle.

As passagens para Gaza foram fechadas, para evitar o fluxo de militantes da facção palestina Hamas, que apoiava Mursi.

O ataque contra a polícia ocorreu um dia depois da morte de 37 prisioneiros islamitas, no Egito, durante suposta tentativa de fuga.

Segundo o governo interino de Adly Mansur, eles morreram asfixiados por gás lacrimogêneo, enquanto as forças de segurança controlavam a situação de embate. Advogados egípcios pediram investigação do episódio.

O Departamento de Estado dos EUA expressou preocupação sobre as mortes dos prisioneiros, ligados à Irmandade Muçulmana, e deixou claro que não acredita que o grupo islâmico deva ser posto na ilegalidade.

CADÁVERES

A Folha foi ao necrotério de Zenhom, Cairo, onde moradores buscavam familiares em uma lista de 375 nomes. Cadáveres eram mantidos em caminhões frigoríficos.

Moradores hostilizavam a reportagem. "Nossos filhos são um espetáculo para vocês", dizia uma idosa, inflamando os demais.

Funcionário do local, Muhammad Al-Sueisi, 19, afirma que só pode liberar os corpos mediante autorização das autoridades egípcias.

Muhammad Mustafa, 35, que perdeu dois primos, diz que foi obrigado a assinar um documento afirmando que seus familiares cometeram suicídio --em vez de terem sido mortos no massacre de Rabia al-Adawiya, na quarta, com ao menos 638 vítimas.

A ONG Human Rights Watch disse "a decisão de usar munição letal reflete o fracasso de respeitar políticas internacionais básicas", diz relatório.


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