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Presidente chinês alerta para perigo dos valores ocidentais

MARCELO NINIO DE PEQUIM

Um documento interno que circula entre os líderes do Partido Comunista da China tem alertado para os perigos de "valores ocidentais".

Segundo o "New York Times", que obteve cópia do texto, a advertência partiu do próprio presidente Xi Jinping, que assumiu a liderança do partido em novembro.

O "Documento Número 9" enumera sete perigos que ameaçam o poder do PC. O primeiro seria a "democracia ocidental constitucional". Os demais incluem "valores universais" de direitos humanos, liberdade de imprensa, conceitos "neoliberais" de economia de mercado e críticas "niilistas" à história do PC.

"Forças ocidentais hostis à China e dissidentes dentro do país continuam infiltrando constantemente a esfera ideológica", diz o texto.

A linha dura da nova liderança decepcionou liberais e até ex-dirigentes moderados, que esperavam mudanças com a ascensão de Xi.

Mas as recentes prisões de ativistas demonstram que as ameaças do documento estão sendo levadas a sério.

A imprensa estatal publicou textos condenando o "constitucionalismo", o conceito de que o poder do Estado e do PC devem ser subordinados a uma lei suprema.

"Constitucionalismo pertence só ao capitalismo", decretou artigo no "Diário do Povo", jornal do partido.

"Constitucionalismo se tornou palavra ameaçadora ao governo. Sob a liderança anterior, ao menos havia alguma discussão", lamenta Hu Jia, dissidente que passou três anos preso, acusado de subversão.


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