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Foco

Soldado condenado nos EUA pretende se tornar mulher

JOANA CUNHA DE NOVA YORK

Chelsea Manning é o nome que assina uma carta divulgada ontem, escrita por Bradley Manning, o soldado condenado anteontem a 35 anos de prisão por ter vazado milhares de documentos diplomáticos americanos ao site WikiLeaks em 2010.

"Sou mulher. Quero começar o tratamento com hormônios assim que possível devido ao modo como me sinto desde criança", disse Manning por meio de um comunicado anunciado por seu advogado, David Coombs.

Em troca de mensagens com um hacker, ele já revelara que não se importaria de ficar preso o resto da vida, "desde que não fosse retratado como um rapaz".

Em audiência na semana passada, Manning se desculpou pelo vazamento e apresentou os conflitos de identidade sexual que diz enfrentar desde a infância. Mostrou uma foto em que aparece de batom e com peruca loira.

O Exército já informou que não oferece terapia hormonal nem cirurgia para mudança de sexo a detentos, segundo uma porta-voz de Fort Leavenworth, a prisão militar onde ele cumprirá a pena, no Estado do Kansas.

A recusa desagradou a representantes do movimento gay, que consideram a resposta inconstitucional.

"Essa não é a última palavra deles. Nos EUA, é ilegal rejeitar terapia aos prisioneiros", disse à Folha Mara Keisling, presidente do Centro Nacional pela Igualdade dos Transgêneros (pessoas que se identificam como sendo do sexo oposto ao biológico).

"Se não permitirem, farei o que estiver ao meu alcance para que sejam forçados a isso", disse Coombs.

Não há estimativas confiáveis a respeito do tamanho da população de presos transgêneros nos EUA.


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