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Obama diz que suposto ataque 'preocupa'

Segundo secretário de Defesa dos EUA, presidente pediu 'opções' de ação ao Pentágono; navio teria sido deslocado

Avaliação preliminar de agências de inteligência teria confirmado uso de arma química por regime, diz Reuters

DIOGO BERCITO DE JERUSALÉM

O presidente Barack Obama afirmou ontem durante entrevista à rede CNN que o suposto ataque químico contra civis na Síria é um "evento para grande preocupação".

Ele, contudo, destacou a dificuldade de embarcar numa ação militar contra a Síria sem uma forte coalizão internacional e um mandato da ONU.

"Se os EUA atacarem outro país sem um mandato da ONU e sem uma evidência clara [sobre o uso de armas químicas], então haveria dúvidas sobre se a lei internacional aprova a ação", disse o presidente à CNN.

O próprio Obama, no entanto, já teria pedido "opções" de ação militar ao Pentágono, segundo o secretário de Defesa, Chuck Hagel.

"O Departamento de Defesa tem a responsabilidade de oferecer opções para situações de contingência, e isso requer o posicionamento de nossas forças", disse Hagel.

Fontes de defesa dos EUA disseram à Associated Press que um quarto navio de guerra teria sido deslocado para o mar Mediterrâneo --que banha a Síria.

Segundo a Reuters, uma "avaliação preliminar" de agências de inteligência dos EUA e de aliados teria identificado que as forças sírias usaram armas químicas no ataque --em que a oposição síria afirma terem morrido mais de mil pessoas.

A mesma agência de notícias diz que Obama pode se encontrar com conselheiros de segurança na Casa Branca para avaliar as opções do país, incluindo ação militar.

Ontem, o chanceler britânico, William Hague, foi a primeira autoridade ocidental a afirmar que acredita que a ofensiva de quarta-feira tenha sido efetuada pelas forças do ditador Bashar al-Assad. Damasco nega a acusação. Segundo Hague, as chances de a ofensiva ter sido obra da insurgência são "pequenas".

A Síria tem sido alvo de grave condenação internacional desde os primeiros relatos da ação em Ghouta, nos arredores de Damasco. A França pediu que haja, se necessário, o uso de força no país.

Anteriormente, Obama já havia afirmado que um ataque químico significaria cruzar uma "linha vermelha" para o regime. A Rússia, aliada de Assad, juntou-se à comunidade internacional ontem para pedir que o ataque seja investigado por especialistas das Nações Unidas.

Insurgentes afirmam que estão contrabandeando amostras de cabelo, pele e sangue das vítimas para entregá-los aos investigadores da ONU, por enquanto impedidos de chegar ao local.

A agência de refugiados da ONU divulgou, ontem, que mais de 1 milhão de crianças tiveram de deixar o país desde o início da guerra.


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