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Ex-dirigente chinês admite erros a tribunal
Durante julgamento, Bo Xilai diz ter "certa responsabilidade" em desvio de recursos
O ex-dirigente comunista Bo Xilai, 64, admitiu ontem pela primeira vez que cometeu erros, durante o terceiro dia do julgamento em que é acusado de corrupção, abuso de poder e recebimento de suborno na China.
"Isso feriu a reputação do partido e do país, e me sinto muito envergonhado", afirmou Bo ao tribunal responsável por seu caso, na região de Jinan (leste do país).
Apesar da admissão de responsabilidade em uma questão de desvio de recursos públicos em 2000, o ex-dirigente negou que tivesse a intenção de se apropriar desse dinheiro --quase US$ 1 milhão--, que chegou à conta de sua mulher.
Bo lamentou, porém, a falta de ação para impedir o caso e devolver a verba.
Até a revelação de que a esposa havia assassinado um britânico com quem tinha negócios, que veio à tona no ano passado, Bo era um político em ascensão no país.
Em seguida, sua carreira ruiu: foi expulso do partido, detido e acusado de diversos crimes. A condenação de Bo ao fim do julgamento é dada como certa por analistas.
