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Relação com Dilma vinha se deteriorando

NATUZA NERY DE BRASÍLIA

Antonio Patriota jamais caiu nas graças da presidente Dilma Rousseff.

Nos últimos meses, o chanceler já nem frequentava com regularidade o avião presidencial.

Escanteado, costumava se deslocar para as missões presidenciais no exterior em avião de carreira.

Os primeiros sinais de descompasso vieram logo no início do mandato. Enquanto a chefe desejava uma "diplomacia de resultados", a partir de uma postura mais ofensiva do Itamaraty, o ministro imprimia estilo "low profile".

Em dois anos e meio, Patriota focou na reaproximação com os EUA, ao mesmo tempo em que o Brasil protagonizou um distanciamento em relação ao Irã, marca dos tempos do ex-presidente Lula.

Antes da fuga do senador Roger Pinto Molina, a relação de Patriota com a chefe já havia dado sinais de deterioração.

Segundo a Folha apurou, ela ficou irritada com a resistência do auxiliar à entrada da Venezuela ao Mercosul, ano passado.

A manobra, avalizada também por outros presidentes do bloco, levou à suspensão do Paraguai e, com isso, à remoção dos obstáculos para o ingresso definitivo do governo bolivariano no órgão.

Mais do que a diferença de estilos, integrantes do Executivo afirmam que o Itamaraty de Patriota não soube "ler" a presidente. Ela alertou inúmeras vezes não ter paciência com "retóricas vazias".

Não raro ignorava as sugestões de discursos oficiais elaborados pelo ministério. Buscava ajuda em auxiliares de fora para escrever suas mensagens oficiais. Patriota, no entanto, despediu-se deixando para Dilma vitórias como a indicação de Roberto Azevedo para a direção-geral da OMC.


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