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Defesa do país irá 'surpreender', diz chanceler sírio
DIOGO BERCITO DE JERUSALÉMO chanceler sírio Walid Mualim negou ontem que o ditador Bashar al-Assad tenha empregado seu arsenal químico contra a própria população.
Mualim desafiou a comunidade internacional a fornecer evidências de que o regime está por trás do ataque do dia 21, em que a oposição afirma ter havido mais de 1.300 mortes.
Na TV, ele disse que a Síria tem duas opções diante de uma intervenção --render-se ou defender-se. A defesa da Síria, segundo Mualim, "surpreenderá o mundo". Para o regime, um ataque contra o país serviria aos interesses de Israel e da Al Qaeda.
Mualim afirmou que John Kerry, secretário de Estado dos EUA, desrespeita o trabalho de inspetores da ONU ao dizer que não há dúvidas sobre o uso de armas químicas.
MÁS INTENÇÕES
Após os EUA adiarem para hoje reunião prevista para segunda-feira em Moscou, Mualim acusou o país de estar desde o início com más intenções em relação ao conflito sírio.
"Nós sempre dissemos aos nossos amigos russos que confiamos neles, mas não nos Estados Unidos (...) Washington não quer uma solução política porque Israel não quer."
A Rússia, ao lado da China, é uma das últimas aliadas do regime de Assad.