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Membro de comissão criticada por Saboia desiste de investigá-lo

ISABEL FLECK DE SÃO PAULO

O embaixador Clemente de Lima Baena Soares, chefe do Departamento da América do Sul do Itamaraty, desistiu de participar da comissão que investigará a conduta do colega Eduardo Saboia --responsável por trazer o senador boliviano Roger Pinto Molina ao Brasil sem aval do ministério.

O motivo alegado foi "ter interesse direto ou indireto" no tema. Soares fazia parte da comissão Brasil-Bolívia criada para discutir o caso do senador --grupo que teve seu trabalho criticado por Saboia.

Em entrevista à Folha anteontem, o ex-encarregado de negócios da embaixada em La Paz disse que a negociação com a Bolívia, por meio da comissão, era um "faz de conta". "Tenho os e-mails das pessoas dizendo a gente sabe que é um faz de conta, eles fingem que negociam e a gente finge que acredita'", disse.

Procurado pela reportagem, Saboia não quis se pronunciar sobre a indicação de Soares para investigá-lo. A comissão de sindicância determinará sua punição.

A embaixadora Glivânia Maria de Oliveira, diretora do Departamento de Organismos Internacionais, também se recusou a investigar Saboia, mas suas razões não estavam claras até ontem. Ela e Soares tinham sido indicados pelo corregedor do ministério, Heraldo Póvoas de Arruda.

Horas depois de terem os nomes publicados no Diário Oficial, declararam-se "impedidos" de participar.

Segundo o Itamaraty, o corregedor nomeará uma nova comissão "tão logo possível". O assessor-especial da Controladoria-Geral da União Dionísio Carvalhedo Barbosa deve seguir presidindo o grupo.


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