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Contra protestos, Colômbia põe 50 mil soldados nas ruas

Governo enfrenta onda de greves e manifestações contra políticas econômicas

'É inaceitável que ações de poucos atrapalhem as vidas da maioria', afirmou o presidente Juan Manuel Santos

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, ordenou ontem a militarização da capital Bogotá e colocou 50 mil soldados para garantir a circulação nas principais vias do país. A ação tenta conter uma série de greves e protestos que começou há 13 dias no interior do país e chegou anteontem à capital, Bogotá --confrontos entre manifestantes e a polícia deixaram dois mortos na cidade.

Em cadeia de rádio e televisão, o presidente confirmou as mortes e afirmou que pode militarizar outras cidades se for necessário. "É inaceitável que essas ações de poucos atrapalhem as vidas da maioria".

Ele disse que agirá com dureza contra manifestantes que usem a violência, a quem classificou de vândalos, e revelou ter imagens de alguns dos responsáveis por incitar quebradeira. O presidente ainda pediu que a população envie vídeos e fotos que mostrem atos de depredação.

As manifestações nasceram a partir da insatisfação de camponeses com o corte de subsídios a suas atividades e com acordos de livre comércio assinados pelo governo colombiano, que estariam prejudicando a agricultura nacional, pois produtos estrangeiros têm entrado com preço menor que os locais.

Os agricultores exigem diminuição de impostos e a fixação de um preço mínimo para suas mercadorias.

Sindicatos, estudantes e profissionais de saúde se somaram aos agricultores nas principais cidades colombianas, em especial Bogotá e Medellín. Nas duas cidades, milhares de pessoas foram às ruas, em atos que terminaram com violência.

Apesar de na véspera o ministro da Defesa, Juan Carlos Pinzón, ter responsabilizado as Farc pelos distúrbios em Bogotá, Santos evitou mencionar a guerrilha, com a qual negocia um processo de paz.

O ex-presidente Álvaro Uribe, que rompeu com Santos após este chegar ao poder, pediu a suspensão do diálogo com as Farc.

Em compensação, acusou o movimento político Marcha Patriótica (esquerda radical).

"O movimento Marcha Patriótica quer nos levar a uma situação sem saída para impor sua própria agenda. Não se interessam pelos camponeses", declarou.

Além de patrulhar a capital, os militares inspecionarão rodovias para evitar que os trabalhadores rurais façam novos bloqueios.

Segundo o Ministério do Interior, os camponeses já realizaram 72 bloqueios em 37 trechos de estradas de todo o país.

Para evitar desabastecimento, Santos anunciou também o uso de aviões da Força Aérea para levar alimentos a regiões remotas.


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