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Ação dos EUA na Síria tem aprovação apertada em comissão do Senado

Resultado mostra dificuldade que terá Barack Obama para conseguir autorização do Congresso

Presidente diz que foi o mundo quem traçou 'linha vermelha' contra a utilização de armas químicas, não ele

JOANA CUNHA DE NOVA YORK LEANDRO COLON DE LONDRES

Em uma votação apertada (10 votos a 7), a Comissão de Relações Exteriores do Senado americano autorizou ontem o uso da força contra o governo da Síria.

A intervenção, limitada, poderá durar 60 dias, prorrogáveis por mais 30 dias, e não contará com tropas terrestres.

A oposição republicana deu três votos de peso, incluindo o do senador John McCain. Dois "não" vieram de senadores democratas.

O placar mostra que, apesar de os democratas serem maioria no Senado, uma ação militar pode ter dificuldades para passar no plenário.

Na Suécia, às vésperas da cúpula do G20, em São Petersburgo (Rússia), Barack Obama cobrou apoio internacional a um ataque.

"Não fui eu quem estabeleceu uma linha vermelha. O mundo colocou uma linha vermelha contra o uso de armas químicas quando governos que representam 98% da população mundial disseram que isso é abominável e fizeram um tratado proibindo seu uso" afirmou.

"Não é minha credibilidade que está em jogo, é a da comunidade internacional", disse, ao lado do premiê sueco, Fedrik Reinfeldt.

LINGUAGEM

O texto foi aprovado pela comissão após a adição de uma disposição que enfatizou a sua linguagem, exigência de McCain. Desde segunda-feira, o republicano vinha pedindo uma estratégia mais abrangente, que não se restringisse apenas a atingir as armas de destruição em massa. Ele quer que a ação dê suporte de combate às forças da oposição.

Sinais dessa sugestão apareceram no discurso de Obama na terça-feira, quando o presidente começou a falar em "uma transição para trazer paz e estabilidade, não só à Síria, mas a toda a região".

O apoio do republicano é decisivo para a aprovação do documento.

O texto será analisado no plenário do Senado na próxima semana. A expansão do escopo da intervenção pode dificultar o apoio democrata.

Na Câmara, o domínio da oposição republicana também ainda deixa dúvidas, apesar da recente declaração de apoio de seus líderes John Boehner e Eric Cantor.

Nos últimos dias, Obama tem reiterado que tem o direito de ordenar as ações ainda que não receba a aprovação do Congresso. Ele diz, porém, que prefere agir ao lado dos legisladores para fortalecer a reação americana.

O republicano Rand Paul, contrário à intervenção, tentou impedir a aprovação, argumentando que o presidente só pode determinar os ataques unilateralmente quando o país for atacado.


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