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Ministro do Interior do Egito é alvo de atentado

Muhammad Ibrahim escapa com vida, mas 21 pessoas ficam feridas

Ministro é apontado como responsável por repressão depois de golpe; Irmandade nega participação em ação

DIOGO BERCITO DE JERUSALÉM

Muhammad Ibrahim, ministro do Interior do Egito, sobreviveu ontem a um atentado a bomba contra o comboio que o transportava de casa ao gabinete, no Cairo.

As informações sobre vítimas eram, até a conclusão desta edição, desencontradas. A mídia estatal relatava que havia 21 feridos, alguns deles com amputações, mas nenhum morto.

O atentado foi executado por volta das 10h locais (5h, em Brasília) no bairro de Nasr City, reduto de islamitas. Ali, apoiadores do presidente deposto Mohammed Mursi reuniam-se nos entornos da mesquita de Rabia al-Adawiya, antes da repressão militar que deixou centenas de mortos em 14 de agosto.

A princípio, foi noticiado o uso de um carro-bomba. Mas a informação divulgada pelo governo, depois do ataque, era a de que uma bomba foi colocada perto de seu veículo e detonada à distância.

Ibrahim afirmou que o incidente marca o início de "uma onda de terrorismo" no país, onde o golpe de 3 de julho desencadeou conflitos opondo as forças de segurança aos seguidores da Irmandade Muçulmana.

A organização islamita nega, porém, ter participação no atentado e condena qualquer uso de violência.

Há receio de que o país viva os anos de terror vistos no Líbano e no Iraque, com frequentes ataques a bomba.

O ministro do Interior é visto como um dos responsáveis pela repressão violenta contra manifestantes islamitas. Ibrahim disse ter sido avisado de planos para matá-lo.

A alta cúpula da Irmandade foi detida e o ex-presidente Mursi, também sob custódia dos militares, aguarda julgamento por acusações como incitação à violência. Há risco de que a organização volte a ser considerada ilegal.


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