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Documentário italiano leva Leão de Ouro

'Sacro Gras', de Gianfranco Rosi, é 1º longa de não ficção a vencer em Veneza; Itália não ganhava havia 15 anos

Decisão surpreende no ano em que o filme grego 'Miss Violence' foi comentado como o favorito para o prêmio

RODRIGO SALEM ENVIADO ESPECIAL A VENEZA

No ano em que o governo italiano anunciou cortes no apoio à indústria cinematográfica local, o documentário "Sacro Gras", de Gianfranco Rosi, surpreendeu e levou o Leão de Ouro de melhor filme no Festival de Veneza, encerrado ontem.

O longa sobre personagens que vivem ao largo da rodovia que circunda Roma não apenas quebrou o jejum de 15 anos do país no topo da premiação --o último foi "Assim é Que Se Ria" (1998)--, mas se tornou o primeiro documentário a ganhar o prêmio.

"Acho uma coisa boa dar espaço para os documentários, que só entravam em mostras paralelas. É uma escolha nova e corajosa", disse o diretor Bernardo Bertolucci, presidente do júri.

A Itália também comemorou a Coppa Volpi de melhor atriz para Elena Cotta, de "Via Castellana Bandiera". O grande favorito da noite, o grego "Miss Violence", precisou contentar-se com o Leão de Prata de direção para Alexandros Avranas e a Coppa Volpi de ator para Themis Panou.

O Grande Prêmio do Júri, em geral reservado para longas de estética mais ousada, foi para o chinês "Jiaoyou" ("Vira-Latas"), de Tsai Ming-Liang, que chorou ao subir no palco do Palazzo Del Cinema. É um drama sobre uma família pobre contado a partir de planos de longuíssima duração, quase como uma pintura com trilha sonora.

A gafe da noite foi quando a produtora do inglês "Miss Philomena", vencedor de melhor roteiro, avisou que os autores Steve Coogan e Jeff Pope não puderam comparecer, pois já estavam no Festival de Toronto --rival do evento e responsável por ter tirado vários filmes esperados da seleção oficial de Veneza.

A coprodução franco-brasileira "Amazônia - Planeta Verde" encerrou a 70ª edição.


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