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Na 1ª entrevista em quatro anos, Cristina defende seus 'feitos'

Presidente fala ao canal governista TV Pública e diz que hoje os argentinos vivem melhor do que dez anos atrás

Aparição televisiva é vista como estratégia da mandatária para recuperar eleitores no pleito do mês que vem

LÍGIA MESQUITA DE BUENOS AIRES

Em sua primeira entrevista depois de quatro anos, Cristina Kirchner disse que sua grande arma política são seus "feitos" e que os argentinos vivem melhor agora do que há dez anos.

"O que aconteceu em 2003 [ano em que Néstor Kirchner foi eleito] que você não podia consumir ou comprar um carro? Você era a mesma pessoa, com as mesmas capacidades. O que mudou foi o país", afirmou. E completou: "Alguns querem retomar a Argentina do passado porque a mão de obra era mais barata."

A presidente argentina escolheu falar ao canal governista TV Pública, em um programa dividido em duas partes. Os primeiros 30 minutos da conversa dela com o jornalista Hernán Brienza foram exibidos na tarde de ontem.

Cristina também analisou o chamado kirchnerismo, termo que ela não gosta de usar, como algo "difícil de explicar". "Resisto em dizer que se passaram dez anos de kirchnerismo. Foram dez anos de governo", disse. "É um fenômeno que tem a ver com a aparição de uma Argentina que deu uma volta, que bebe do peronismo, mas também incorporou outros setores."

A entrevista de Cristina é vista como nova estratégia da mandatária para recuperar os votos que sua aliança, a Frente para a Vitória, perdeu nas primárias para o Legislativo do país, em agosto.

Para analistas, se a derrota se confirmar no pleito de 27 de outubro, será o fim de um ciclo do kirchnerismo. "Todos têm o direito de questionar. Não me preocupa que questionem minha liderança num contexto democrático", disse. "A realidade é a melhor defesa do nosso projeto."

A chefe de Estado também voltou criticar a mídia, sem citar nomes, a quem acusa de uma tentativa de golpe "" o governo briga na Justiça com o grupo Clarín por causa da nova Lei de Meios do país.

"Há uma construção midiática de que o poder é o poder político e o presidente é quem tem mais poder. Na verdade, o poder político é o que menos poder de fato tem, pois precisa de validação e legitimação nas eleições", afirmou. "Há todo um mundo construído pela mídia. Não é que as pessoas sejam tontas, é que há monopólios midiáticos."

Assim que a primeira parte da entrevista acabou, o canal transmitiu ao vivo a inauguração de uma obra em Río Gallegos, cidade dos Kirchner, com a presença de Cristina. A segunda parte da conversa com a presidente será exibida no próximo sábado.


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