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Um dia após acordo, Síria retoma ataques

Bombardeios aéreos e ações por terra foram registrados em subúrbios de Damasco controlados por oposicionistas

Plano 'evitou guerra', afirma ministro sírio; em Israel, Kerry volta a dizer que EUA não descartam uso da força

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Um dia após EUA e Rússia firmarem acordo para que o regime de Bashar al-Assad ponha suas armas químicas sob controle internacional, o regime sírio voltou a bombardear redutos rebeldes.

Ataques aéreos e por terra contra subúrbios oposicionistas em Damasco indicam que o ditador está retomando a guerra, após breve período em que as tropas tiveram posições defensivas com a possível intervenção americana.

Em Idlib, no noroeste do país, um atentado matou três pessoas, incluindo um jornalista que trabalhava para uma revista do governo.

Em paralelo aos ataques, o plano foi saudado pela Síria, cujo governo não se pronunciara oficialmente anteontem. O ministro da Reconciliação, Ali Haidar, disse que ele "permitiu evitar a guerra".

"Saudamos o acordo, que permite evitar a guerra ao deixar sem argumentos quem queria desencadeá-la. É uma vitória para a Síria, graças aos nossos amigos russos", disse à agência russa RIA Novosti.

Em Pequim, em encontro com o colega francês Laurent Fabius, o chanceler da China, Wang Yi, disse que seu país também festejou o acordo.

Há mais de dois anos, China e Rússia vêm usando seu poder de veto no Conselho de Segurança da ONU para se opor às iniciativas de pressão dos EUA, da França e do Reino Unido contra Assad.

Nabil al-Arabi, chefe da Liga Árabe, organização que acusa o regime de Assad de estar por trás do ataque químico do mês passado, também saudou o acordo, afirmando que "abre caminho para uma solução política".

Em entrevista à TV, o presidente francês, François Hollande, afirmou que as ameaças de ataque funcionaram e que o acordo é uma etapa importante, mas "não a meta". Defendeu a saída de Assad do poder para que se alcance solução para a crise e disse que, para a França, "o representante da Síria não é Assad".

A Coalizão Nacional Síria, principal aliança opositora, pediu que o veto ao uso de armas químicas seja estendido aos mísseis balísticos e à aviação, o que impediria que o regime continuasse a bombardearredutos rebeldes.

A crise sobre o arsenal químico sírio começou em 21 de agosto, após um suposto ataque por parte do regime.

'PALAVRAS OCAS'

Em Jerusalém (Israel), onde se reuniu com o premiê Binyamin Netanyahu, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, voltou a dizer que a destruição do arsenal químico sírio não exclui a possibilidade "real" de uso de força.

O recado, segundo Kerry, é que o mundo não deve permitir que "palavras ocas" dominem as relações globais.

Pouco antes, Netanyahu dissera esperar o mesmo esforço internacional em relação ao Irã. Israel afirma que o país busca produzir armas nucleares, o que Teerã nega.

Em entrevista à rede de TV ABC, Barack Obama disse que o plano mostra ao Irã que há possíveis soluções diplomáticas para a questão. Obama também declarou que o acordo com os russos é um "alicerce" para o eventual fim da guerra civil na Síria.


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