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Dilma diz na ONU que espionagem dos EUA é uma afronta aos países

Presidente brasileira dedicou ao tema um terço de seu discurso, que abriu Assembleia-Geral ontem

Mandatária anunciou propostas para internet e criticou ideia de agir na Síria sem o apoio do Conselho de Segurança

JOANA CUNHA DE NOVA YORK GABRIELA MANZINI ENVIADA ESPECIAL A NOVA YORK

Uma ilegalidade inadmissível, que provocou indignação e repúdio.

Essas foram algumas das fortes expressões que a presidente Dilma Rousseff usou ontem ao abrir a Assembleia-Geral da ONU, em Nova York, para definir a sua reação às denúncias de que ela e a Petrobras foram alvos prioritários da espionagem dos EUA.

Dilma, que há uma semana cancelou a visita que faria ao colega americano, Barack Obama, disse que o esquema da NSA (Agência de Segurança Nacional) afronta a comunidade internacional.

Ontem, na reunião anual da ONU --tradicionalmente aberta com o discurso do Brasil--, Dilma dedicou cerca de um terço do seu discurso, de 20 minutos, ao assunto.

ILEGALIDADE

"Estamos diante de um caso grave de violação dos direitos humanos e das liberdades civis", disse.

Para ela, "imiscuir-se dessa forma na vida de outros países fere o direito internacional e afronta os princípios que devem reger as relações entre eles, sobretudo entre nações amigas".

"Governos e sociedades amigas [...] não podem permitir que ações ilegais, recorrentes, tenham curso como se fossem normais. Elas são inadmissíveis", prosseguiu.

Conforme Dilma, "recentes revelações sobre as atividades de uma rede global de espionagem eletrônica provocaram indignação e repúdio em amplos setores da opinião pública mundial".

EMPRESAS

"Pior ainda quando empresas privadas estão sustentando essa espionagem", declarou Dilma, num trecho que não constava da versão do texto distribuída à imprensa.

SEGURANÇA

Para Dilma, "não se sustentam argumentos de que a interceptação ilegal de informações e dados destina-se a proteger as nações contra o terrorismo", como alegam os EUA. "O Brasil sabe proteger-se. Repudia, combate e não dá abrigo a grupos terroristas."

REGRAS PARA INTERNET

A presidente ainda anunciou que apresentará "propostas para o estabelecimento de um marco civil multilateral" sobre a internet, que impeça o uso da ferramenta "como arma de guerra".

SÍRIA

Na fala, Dilma ainda criticou a disposição dos EUA e de seus aliados de agir sem apoio do Conselho de Segurança da ONU e voltou a pedir a reforma do órgão. Ela afirmou que a "polarização" entre os membros permanentes gera um "imobilismo perigoso" e defendeu que o conselho inclua "vozes independentes e construtivas".

PROTESTOS

Os protestos de junho em diversos Estados do Brasil foram citados: a presidente disse que seu governo "não os reprimiu" porque também ele "veio das ruas".


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