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Após 4 dias, Quênia diz ter derrotado grupo terrorista

Segundo o presidente, 61 civis morreram, mas saldo de vítimas pode crescer

Radicais somalis do Al Shabaab dizem ainda ter reféns em seu poder e negam participação de britânica em ação

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Após quatro dias de confrontos, o presidente do Quênia, Uhuru Kenyatta, disse ontem ter "derrotado" o grupo radical somali Al Shabaab, que tomou o shopping Westgate, em Nairóbi. A ação causou a morte de ao menos 61 civis, cifra que pode crescer.

"Sentimos um grande sofrimento, mas temos que ser bravos, unidos e fortes. Nós envergonhamos e derrotamos nossos agressores. Essa parte da tarefa está concluída", disse Kenyatta, cujo governo forneceu dados desencontrados durante a crise.

Além dos civis, o ataque que começou no sábado causou a morte de seis membros das forças de segurança e ao menos cinco dos suspeitos de realizar o ataque. Dos 175 feridos, 62 ainda estavam hospitalizados ontem.

O saldo de vítimas ainda é provisório, já que durante a operação foram derrubados três andares do shopping e ainda há corpos sob os escombros, disse Kenyatta.

A ação terrorista foi a mais grave no Quênia desde o atentado à embaixada dos EUA em Nairóbi, em 1998, que deixou mais de 200 mortos.

O mandatário decretou luto oficial de três dias.

Em seu discurso, Kenyatta suavizou afirmações feitas no dia anterior pelo governo de que haveria dois ou três americanos e uma mulher britânica entre os terroristas. "Não podemos confirmar os detalhes no momento", disse.

Havia a suspeita que a britânica seria Samantha Lewthwaite, viúva de Germaine Lindsay, um dos suicidas que atuaram em atentados em Londres em 2005. Ontem, a conta no Twitter atribuída ao Al Shabaab negou a participação de mulheres.

Já os cidadãos americanos seriam homens jovens, entre 18 e 19 anos, que viriam do Estado de Minnesota, que concentra a maior colônia somali do mundo. Anteontem, a Casa Branca afirmou que verificava relações entre os militantes do Al Shabaab e a comunidade somali em território americano.

DISPUTA DE VERSÕES

Ontem, o Exército disse que havia controlado todos os prédios e que faltava encontrar dois terroristas. No entanto, o Al Shabaab afirmou que ainda mantinha reféns vivos e que havia um "número incalculável" de cadáveres no edifício.

O grupo islâmico diz que o ataque em Nairóbi é represália à presença de tropas quenianas na Somália, que enfrenta guerra civil há 20 anos.

Segundo relatos dos sobreviventes, os terroristas perguntavam a religião dos reféns. Quem respondesse ser muçulmano era liberado, mas não sem antes ter de citar uma parte do Alcorão ou dizer o nome da mãe do profeta Maomé. Quem falhasse na prova era executado.


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