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Moscou promete processar ativistas, incluindo brasileira

30 membros do Greenpeace retidos em barco no Ártico devem ser acusados de pirataria; Ana Paula Maciel recebe visita de diplomata

LEANDRO COLON DE LONDRES

As autoridades russas anunciaram que pretendem processar os 30 ativistas do Greenpeace detidos desde quinta-feira, entre eles uma brasileira, por pirataria. A pena por esse crime vai até 15 anos de prisão na Rússia.

Detida, a bióloga Ana Paula Alminhana Maciel, 31, encontrou-se ontem pela primeira vez com um representante do governo brasileiro. Uma diplomata foi enviada pela Embaixada do Brasil a Murmansk (norte do país), para onde a embarcação dos ativistas, Arctic Sunrise, foi rebocada pelos russos.

"[A diplomata] esteve com Ana Paula Maciel por uma hora no barco do Greenpeace. Encontrou-a bem de saúde e de espírito, mas preocupada com sua situação, uma vez que está detida no barco, como os demais, sem acusação", disse à Folha o embaixador do Brasil na Rússia, Fernando Mello Barreto.

"Contatei as autoridades russas aqui em Moscou. Foi-me dito que esperam poder me dar amanhã (hoje) informações tão logo sejam recebidas das demais autoridades envolvidas", informou.

Os membros do Greenpeace faziam um protesto contra a estatal russa de gás e petróleo Gazprom quando foram detidos no Ártico. Um dia antes, a guarda costeira russa já interceptara dois ativistas que tentaram escalar uma plataforma da Gazprom contra a ameaça ambiental representada pela companhia.

O Greenpeace diz que os ativistas ficaram por quatro dias sem acesso a advogados e autoridades consulares. Afirma ainda ter assinado, com mais 50 ONGs, declaração pedindo soltura de todos.

O grupo afirmou também, em pronunciamento, que ainda não foi informado oficialmente sobre o que vai acontecer com os detidos: "Não se sabe se a Rússia pretende fazer alguma acusação formal".

Entretanto, as autoridades da Rússia afirmaram ontem que a ação dos manifestantes é um "ataque" à soberania do país. "Todos que atacaram a plataforma, seja qual for a nacionalidade, serão processados criminalmente", disseram os investigadores em nota.

"Quando um navio estrangeiro cheio de equipamentos eletrônicos destina-se a propósitos desconhecidos e um grupo de pessoas que se declaram ativistas ambientais tenta invadir uma plataforma de perfuração, há legítimas suspeitas a respeito de suas intenções", reforçaram.


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