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Interpol emite ordem de prisão contra 'Viúva Branca'
Britânica é suspeita de envolvimento no ataque a um shopping no Quênia
Samantha Lewthwaite era mulher de um dos terroristas suicidas que causaram os atentados em Londres, em 2005
A Interpol emitiu ontem um comunicado a 190 países para alertar sobre a procura à britânica Samantha Lewthwaite, 29, conhecida como a "Viúva Branca".
A pedido do governo do Quênia, foi disparado o "alerta vermelho", o mais importante para a captura de fugitivos internacionais.
"As autoridades quenianas garantiram que todos estão cientes do perigo representado por essa mulher, não só na região, mas também em todo o mundo", disse Ronald Noble, secretário-geral da polícia internacional.
Ela é suspeita de ter ligações com o grupo somali Al Shabaab, autor do recente ataque ao shopping Westgate, em Nairóbi (Quênia), que deixou pelo menos 72 mortos.
Oficialmente, porém, o alerta internacional não é vinculado ao envolvimento dela neste ataque, já que ainda não se encontraram provas contra a britânica.
De acordo com a Interpol, o objetivo é prendê-la sob acusações referentes a atos cometidos em 2011, como posse de explosivos e conspiração para cometer um crime.
Ela pode estar usando o nome de "Natalie Webb".
Segundo a imprensa britânicas, Lewthwaite faria parte do comando do Al Shabaab e, mesmo que não tenha integrado pessoalmente a última ação no Quênia, teria ajudado no planejamento.
O chefe da Interpol ressaltou que o "alerta vermelho" é relevante porque, todos os anos, milhões de pessoas atravessam fronteiras sem ter as identidades checadas de maneira correta.
"Isso compromete drasticamente a nossa capacidade de rastrear e identificar de maneira efetiva em aeroportos e passagens terrestres aqueles indivíduos que poderiam ser supostos criminosos e terroristas."
Samantha Lewthwaite ganhou o apelido de "Viúva Branca" após os atentados de Londres, em julho de 2005, que deixaram 56 mortos.
Seu marido, Germaine Lindsay, foi um dos terroristas suicidas que detonaram explosivos em vagões de metrô e em um ônibus. Na época, ela condenou o ataque e afirmou desconhecer seu plano. Mas, depois do episódio, teria se convertido ao islã e deixado o Reino Unido para se juntar a grupos terroristas.
SHOPPING
A detonação controlada de explosivos colocados pelo Al Shabaab no shopping de Nairóbi atrasou ontem a remoção de escombros e o resgate dos corpos das vítimas. Segundo a Cruz Vermelha, há ainda 61 desaparecidos.
