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Obama diz que não negociará com a oposição na Câmara

Republicanos, maioria na Casa, barraram aprovação de Orçamento, o que levou partes do governo a 'fechar' ontem

Agências, parques e locais públicos foram fechados; cerca de 800 mil servidores estão em casa sem trabalhar

RAUL JUSTE LORES DE WASHINGTON

O presidente Barack Obama disse ontem que não aceitará pedidos "insensatos" de "uma única facção de um partido de uma das Casas do Congresso [a Câmara], que não aceita uma única lei".

Ele acrescentou que não negociará com a oposição, que controla a Câmara e se nega a aprovar o Orçamento 2013/2014.

Nos EUA, diferente do Brasil, o governo é obrigado a paralisar grande parte de suas atividades quando não há Orçamento aprovado.

Foi o que aconteceu ontem, após o fim do ano fiscal --cerca de 800 mil servidores federais foram para casa em licenças não remuneradas, de um total de 4,1 milhões, incluindo militares.

O imbróglio se deve ao início oficial das operações do plano universal de saúde, apelidado de Obamacare, aprovado em 2010 e ratificado pela Corte Suprema no ano passado.

A oposição diz que só aprova o Orçamento se o governo fizer cortes no plano de saúde e adiar sua vigência, o que Obama e o Senado (controlado pelos democratas) se recusam a fazer.

Militares e serviços essenciais, como a defesa de fronteiras, agências como o FBI e a CIA e o departamento de luta contra as drogas continuaram operando.

O Congresso também tem até 17 de outubro para elevar o teto de endividamento do governo --a possibilidade de calote, para analistas, é muito mais preocupante que a paralisação temporária.

IMAGENS SIMBóLICAS

Mas o apagão do governo começou a provocar cenas simbólicas na TV americana, como o fechamento à visitação da Estátua da Liberdade, em Nova York, e panteões dedicados a ex-presidentes, como Lincoln, em Washington.

Parques nacionais foram fechados. Turistas tentando visitar Alcatraz tiveram que pedir reembolso.

Um grupo de veteranos da Segunda Guerra protestou ao ver o mausoléu aos mortos na guerra fechado à visitação.

Obama conseguiu provocar fissuras na oposição conservadora --onde um número significativo de deputados começou a reclamar da intransigência da liderança republicana.

As fissuras são provocadas também pelo resultado de pesquisas de opinião divulgadas nos últimos dias. Segundo pesquisa ABC/Washington Post, 63% dos americanos rejeitam o comportamento do Partido Republicano no Congresso; em outra, feita pela CNN, 69% dos ouvidos disseram que republicanos atuam como "crianças mimadas" (os democratas receberam a mesma acusação para 35% das pessoas entrevistadas).

O governo também enfrentou problemas no primeiro dia de vigência do Obamacare: mais de 1 milhão de acessos antes das 7 da manhã congestionaram o site do programa de saúde, em sua estreia.

As Bolsas de Valores não foram muito afetadas pela incerteza no Orçamento --o índice Dow Jones subiu 0,4%, e o Nasdaq, 1,2%.


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