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Sem ceder, Obama alerta Congresso e bancos sobre calote

Presidente dos EUA reúne-se com parlamentares, mas não chega a acordo para a aprovação do Orçamento

Obama diz ao mercado financeiro que governo pode não honrar seus compromissos se teto da dívida não for elevado

RAUL JUSTE LORES DE WASHINGTON

Em reuniões com líderes do Congresso americano e com os principais banqueiros de Wall Street, o presidente dos EUA, Barack Obama, disse que não vai negociar a redução de seu plano universal de saúde até o Congresso aprovar o Orçamento.

Sem a aprovação, o governo, oficialmente "fechado", mandou para casa mais de 800 mil funcionários públicos federais, em licenças não remuneradas, e fechou parques nacionais, monumentos, escritórios do governo e sites de agências federais.

Nos EUA, ao contrário do que ocorre no Brasil, o Executivo tem de paralisar a maioria de suas atividades no caso de não haver Orçamento aprovado.

Depois de criticar a intransigência do Congresso, Obama chamou ontem os líderes republicanos e democratas da Câmara e do Senado para dialogar na Casa Branca --o presidente é criticado por negociar pouco e pelas raras reuniões com congressistas. Após 90 minutos de conversa, nenhum resultado.

"Ele disse que não vai negociar", afirmou o presidente da Câmara, o republicano John Boehner.

No encontro com alguns dos principais nomes do mercado financeiro, como os presidentes do JP Morgan, Goldman Sachs e Bank of America, Obama reforçou o risco de um calote, caso o Congresso não autorize a elevação do teto do endividamento.

No próximo dia 17, o governo americano atinge o limite legal para continuar a tomar empréstimos para cumprir suas obrigações da dívida.

Sobre o encontro com os banqueiros, Obama disse em uma entrevista exclusiva à rede CNBC que "é importante para eles reconhecer que [o limite ao endividamento] terá um profundo impacto na nossa economia".

Se o Congresso não permitir a ampliação do teto do endividamento, o governo teria que declarar calote em algumas dívidas, com sérias implicações para a economia doméstica e a internacional.

Ontem, as principais Bolsas recuaram ante a indefinição americana, com queda de 2,17% em Tóquio e de 0,69% em Frankfurt.

Na mesma entrevista, Obama disse que não negociará com a "ala extremista" de um partido "até que uma peça legislativa reabra o governo e o Congresso permita o Departamento do Tesouro pagar pelas coisas que o próprio Congresso já aprovou".

Obama reprogramou parte de uma viagem pela Ásia, que faria a partir do sábado. Ele irá a duas cúpulas, em Bali e no Brunei, mas adiou visitas às Filipinas e à Malásia.

Tanto na aprovação do Orçamento, que permite a implantação do plano universal de saúde (o "Obamacare"), quanto na autorização para aumentar o endividamento, o presidente precisa da oposição republicana, que controla a Câmara (232 deputados, contra 200 democratas).

A oposição quer tirar fundos do plano de saúde para aprovar o Orçamento.


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