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Brasileira é acusada de pirataria após protesto na Rússia

Ana Paula Maciel e outros 13 ativistas do Greenpeace foram indiciados no país ontem

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A bióloga brasileira Ana Paula Alminhana Maciel, detida no último dia 19 a bordo de um navio do Greenpeace que navegava no Ártico, foi acusada ontem de pirataria pela promotoria russa. Se condenada, ela pode pegar de 10 a 15 anos de prisão.

Maciel foi a primeira do grupo de 30 pessoas capturadas na embarcação a ser indiciada. Até a conclusão desta edição, outros 13 ativistas e membros da tripulação tinham tido o mesmo destino.

As prisões de 19 de setembro ocorreram após dois ativistas que viajavam no navio Arctic Sunrise terem tentado escalar uma plataforma da empresa Gazprom para protestar contra a exploração de petróleo no Ártico.

Desde então, todos os tripulantes e passageiros da embarcação estão detidos provisoriamente na cidade de Murmansk, onde aguardam julgamento. Entre eles, há pessoas de 18 países, como Argentina, Estados Unidos, Reino Unido e Finlândia.

Os militantes negam as acusações de pirataria e dizem que a operação da guarda costeira russa foi ilegal --segundo eles, o barco estava em águas internacionais no momento da abordagem.

A advogada Irina Isakova, do Greenpeace, disse ontem que os indiciamentos "não têm fundamento e não são apoiados por provas".

CONSCIÊNCIA

Para o diretor-executivo do Greenpeace Internacional, Kumi Naidoo, a acusação atinge "homens e mulheres cujo único crime é ter uma consciência". Para ele, a medida tem o objetivo de "intimidar e silenciar" a organização.

"Isso é um ultraje e representa nada menos do que um assalto ao próprio princípio de protestos pacíficos. Qualquer alegação de que esses ativistas sejam piratas é tanto absurda quanto abominável," afirmou.

Já o premiê russo, Dmitri Medvedev, disse em um evento sobre petróleo que "a preocupação com o meio ambiente não pode servir para justificar ações ilegais, independentemente de quão elevados sejam os princípios que motivam esses participantes".

A plataforma que os ativistas tentaram escalar começará a produção comercial de petróleo no fim deste ano. Segundo o Greenpeace, a operação traz riscos para o Ártico.


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