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EUA reagem a Maduro e expulsam três diplomatas venezuelanos
No início desta semana, Caracas havia feito o mesmo com 3 americanos
Em retaliação à expulsão de três diplomatas americanos da Venezuela na segunda-feira, acusados de agir para sabotar o sistema elétrico do país e de terem se reunido com a oposição, o governo dos EUA expulsou ontem três diplomatas venezuelanos. Eles têm 48 horas para deixar o país.
Um dos expulsos é o encarregado de negócios da embaixada, Calixto Ortega. O cargo é o maior da representação, já que desde 2010 os dois países não mantêm embaixadores nas suas missões.
A encarregada de negócios da embaixada dos EUA também havia sido expulsa da Venezuela na segunda-feira.
Além de Ortega, devem deixar o território americano a segunda secretária, Mónica Sánchez, e a chefe do consulado em Houston (Texas), Marisol Gutiérrez.
A porta-voz do Departamento de Estado dos EUA disse ser "lamentável" que o governo venezuelano tenha novamente decidido expulsar diplomatas com base em versões infundadas.
Portanto, disse, o Departamento decidiu por uma "ação recíproca".
Segundo a porta-voz, as convenções internacionais permitem que os EUA declarem como "persona non grata" qualquer membro de uma missão, sem a necessidade de qualquer justificativa.
Em nota, o governo da Venezuela disse que esta não pode ser considerada uma decisão "recíproca", pois "nossos funcionários não ousaram em nenhum momento organizar reuniões com grupos contrários ao governo de Barack Obama ou com pessoas interessadas em atuar contra o governo americano".
O presidente Nicolás Maduro disse que, com a expulsão dos americanos, desarticulou uma equipe que queria "desestabilizar o país".
"Não tive dúvidas [sobre a expulsão]. E os que se fizerem de engraçadinhos também serão expulsos", disse em ato da Guarda Nacional Bolivariana veiculado pela TV.
