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Líbia cobra EUA após captura de suposto líder terrorista

Premiê líbio classifica ação como sequestro; Kerry cita esforço contra Al Qaeda

Agentes prendem Abu Anas al-Libi, acusado de atentados contra embaixadas dos EUA na África em 1998

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O primeiro-ministro da Líbia, Ali Zeidan, pediu explicações às autoridades americanas por conta da operação militar em Trípoli que capturou um dos supostos líderes da Al Qaeda no país.

Segundo o Pentágono, Nazih al-Ragye, mais conhecido pelo nome de Abu Anas al-Libi, foi preso no sábado à noite sob a acusação de ter participado, em 1998, dos atentados contra as embaixadas americanas na Tanzânia e no Quênia.

O governo da Líbia tratou a ação como um sequestro e expressou, em comunicado, o "desejo de ver os cidadãos líbios julgados em seu país, independente das acusações contra eles".

"O governo líbio entrou em contato com autoridades dos EUA para pedir que forneçam uma explicação", afirmou Zeidan.

Com medo de uma reação islâmica, as autoridades também declararam não ter nenhum conhecimento prévio das ações americanas, ao contrário do que afirmou um funcionário do governo ouvido pela rede americana CNN.

Abdullah al Ragye, 20, filho de Abu Anas, afirmou que seu pai estava chegando em casa quando quatro carros pararam o suposto membro da Al Qaeda e o arrastaram de seu veículo.

"Os homens tinham aparência e sotaque de líbios. Eles o tiraram do carro após quebrarem a janela, o colocaram num Mercedes e saíram".

O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, afirmou que a ação mostra o esforço de Washington para caçar os líderes da Al Qaeda em todo o mundo. "Os membros da Al Qaeda e outras organizações terroristas podem, literalmente, correr, mas não podem se esconder", disse.

"Nós esperamos que isto deixe claro que os EUA jamais cessarão os esforços para prender os culpados pela execução de atos de terrorismo".

Segundo funcionários da Casa Branca ouvidos pelo jornal "Washington Post", a operação foi realizada sob leis formuladas após os ataques terroristas do 11 de Setembro, que garantiriam este tipo de operação.

Abu Anas al-Libi, cuja recompensa era de até US$ 5 milhões (R$ 11 milhões) por uma informação que levasse a sua captura, "está agora legalmente detido por militares americanos em um local seguro fora da Líbia", anunciou o Pentágono.

AL SHABAAB

Ainda no sábado, uma tropa de elite da Marinha americana realizou uma operação no porto somali de Barawe, reduto do grupo radical Al Shabaab, responsável pelo ataque em um shopping no Quênia que deixou ao menos 67 mortos.

O alvo era um líder do grupo identificado por um funcionário do governo americano como Ikrima, segundo a rede de TV CNN.

Queniano de origem somali, Ikrima teria vínculos com Harun Fazul e Saleh Nabhan, acusados de participação nos ataques às embaixadas africanas em 1998.

Segundo o "New York Times", o governo americano acredita que ele tenha morrido na ação --informação negada por militantes da facção islâmica.


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