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Análise

Disputa entre Guarda Revolucionária e presidente pode afetar a negociação

NAJMEH BOZORGHMER DO "FINANCIAL TIMES"

A Guarda Revolucionária do Irã é alvo de sanções internacionais cada vez mais punitivas, primordialmente por operar um programa de mísseis balísticos capazes de atingir Israel e por seu suposto envolvimento na operação de instalações nucleares.

Mas, no Irã, é o império comercial dos guardas que causa mais preocupação. Ao longo dos dez últimos anos, associados da Guarda lucraram cerca de US$ 120 bilhões em supostas privatizações que lhes permitiram adquirir porções centrais dos ativos nacionais, especialmente no setor de comunicações.

A vitória de Hasan Rowhani na eleição presidencial de junho se tornou um estorvo para a Guarda. Diplomatas ocidentais dizem que o Irã definiu uma abordagem para romper o impasse quanto ao seu programa nuclear, nas negociações iniciadas esta semana em Genebra.

O novo governo também parece determinado a reduzir a influência da Guarda e a obter mais espaço para empresas privadas, que vêm sendo sufocadas pelas operações da organização.

"Os guardas conhecem bem a situação do país", disse Rowhani. "Um país que vendia 2,5 milhões de barris de petróleo ao dia agora vende menos de um milhão, e precisa importar 7,5 milhões de toneladas de trigo."

Ainda que a linha dura oposta a Rowhani (e próxima à Guarda e ao clero radical) pareça estar sob controle, há medo em Teerã de que um ataque aos seus interesses econômicos cause reação adversa em outros campos, como as negociações nucleares.

A Guarda se opõe a qualquer reaproximação com os EUA. Essa antipatia é um pilar para manter a lealdade das forças subalternas.


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