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'Não aceito ser chamada de direita', diz candidata
Gabriela Michetti lidera corrida ao Senado da Argentina e é contra o aborto
Ex-vice-prefeita rejeita comparação com Sarah Palin, conservadora ex-candidata a vice-presidente nos EUA
A ex-vice-prefeita de Buenos Aires Gabriela Michetti (PRO) lidera a corrida ao Senado pela cidade nas eleições do dia 27. Ela conversou com a Folha por telefone.
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Folha - Por que os políticos do PRO são classificados como de direita?
Gabriela Michetti- Não aceito ser chamada de direita. Essa palavra aqui está associada aos militares e ao liberalismo econômico. Nós somos justamente o contrário, somos um governo desenvolvimentista, com a presença do Estado.
Algumas pessoas comparam a senhora à americana Sarah Palin. Por quê?
[Risos] Não sabia disso. Não tenho absolutamente nada a ver [com ela].
Acha que a associação é porque a senhora é contra o aborto e questiona a adoção por um casal gay?
Sou católica e contra o aborto. Já sobre o casamento gay [ela votou contra a lei], o que eu disse é que sou a favor, mas precisava discutir algumas coisas.
Eu tinha uma inquietude em relação à adoção. Porque na Argentina ainda não é algo muito comum ver um casal gay. Meu temor era que as crianças pudessem sofrer situações de discriminação.
Será candidata a prefeita de Buenos Aires?
Alguns querem que eu suceda a Mauricio [Macri, atual prefeito] em 2015. Outros que eu seja vice dele à Presidência. Vou decidir no fim de 2014.
