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Troca de gabinete marca retorno de Cristina ao trabalho
Mudanças atingem chefia do Conselho de Ministros, Banco Central e ministérios da Economia e Agricultura
Antes de anúncio, presidente postou vídeo em que agradece carinho recebido após cirurgia na cabeça
Após cinco semanas de licença médica, a presidente da Argentina Cristina Kirchner retornou ao trabalho introduzindo importantes mudanças em seu governo.
Foi anunciada a nomeação do governador de Chaco, Jorge Capitanich, como novo chefe de Gabinete (em substituição a Juan Manuel Abal Medina), Axel Kicillof como ministro da Economia (substitui Hernán Lorenzino) e Carlos Casamiquela para a pasta de Agricultura (no lugar de Norberto Yahuar).
A presidente também indicará Carlos Fábrega, hoje presidente do estatal Banco de la Nación Argentina, para o comando do Banco Central. Hoje o BC é liderado por Mercedes Marcó del Pont. Esta mudança precisará ser aprovada pelo Senado antes de entrar em vigor.
Lorenzino, que deixa a pasta de Economia, comandará uma unidade para a reestruturação da dívida externa e também será indicado pela presidente como novo embaixador para a União Europeia.
SIMON
Antes de serem anunciadas as mudanças em seu gabinete, a presidente postou no início da noite no Twitter e no Facebook vídeo em que agradece o carinho recebido durante o tempo em que se recuperou da cirurgia para a retirada de um coágulo na cabeça.
Na gravação, a presidente aparece pela primeira vez em três anos com uma camisa branca. Desde que seu marido, Néstor Kirchner,morreu em 2010, a mandatária só usava roupas pretas.
No vídeo, ela fala dos presentes que recebeu durante o pós-operatório, como um enorme pinguim de pelúcia enviado por um jovem.
O destaque do vídeo é o cachorrinho Simon (nome em homenagem a Simon Bolívar), que ela ganhou de presente do irmão de Hugo Chávez, Adán. Ela conta que o ex-presidente venezuelano, morto no início do ano, havia lhe prometido há algum tempo um cão da raça-símbolo da Venezuela, o mucuchíes.
O filhote morde os cabelos da mandatária e ela interrompe sua fala para dizer: "O cabelo não, senão rompemos relações". Depois, Simon morde seus dedos e Cristina diz: "Não, Simon, vão acusar os chavistas de maus".