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Polícia dá ultimato para desocupação de prédios na Ucrânia
Manifestantes terão cinco dias para deixar órgãos de governo que foram invadidos durante protestos
Em visita a Pequim, presidente anuncia acordos que resultarão em investimentos de US$ 8 bi na economia
A polícia da Ucrânia deu ontem prazo de cinco dias para que manifestantes abandonem os prédios públicos que ocuparam em protesto contra a aproximação do governo com a Rússia.
Enquanto isso, o premiê Mykola Azaroy defendeu a resposta de Kiev à crise desencadeada após o governo ter anunciado, em 21 de novembro, que estava suspendendo os preparativos para a assinatura de um pacto comercial com a União Europeia e reativando os laços comerciais com Moscou.
Azaroy bateu de frente com o ministro do Exterior da Alemanha, Guido Westerwelle, que participava de uma conferência sobre segurança em Kiev e se queixou da violência na repressão policial.
"Nazistas, extremistas e criminosos não podem, de maneira alguma, ser nossos parceiros na eurointegração'", disse Azaroy a Westerwelle, segundo o site do governo. Ele fazia referência a manifestantes que bloquearam o acesso aos principais prédios do governo.
Já o chanceler russo, Sergei Lavrov, acusou alguns de seus colegas europeus de reagir de forma exagerada à decisão do presidente Viktor Yanukovich de estreitar relações comerciais com Moscou.
"Esta situação está ligada à histeria gerada por alguns europeus em torno da Ucrânia, que decidiu (...) não firmar qualquer acordo que especialistas e autoridades ucranianas considerarem desvantajoso", disse ele.
Os protestos já estão tendo efeitos negativos sobre a frágil economia ucraniana. Mas, em visita a Pequim, Yanukovich sugeriu que algum alívio pode estar a caminho.
Ele assinou acordos com a China nas áreas de agricultura, energia e infraestrutura, que devem representar cerca de US$ 8 bilhões (R$ 19 bi) em investimentos no país.