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'Não conseguia respirar', afirma trabalhador
DIOGO BERCITO DO ENVIADO A HABLEHA história de Akram Jida, 32, morador de Hableh, mostra os riscos envolvidos na tentativa de cruzar para Israel. Há algumas semanas, ele havia ouvido o rumor de que poderia atravessar a fronteira por R$ 100, caso aceitasse se esconder dentro de uma van.
"Queria trabalhar cortando pedras em Israel. O salário lá é melhor do que aqui. Eu tenho dois filhos."
Akram escondeu-se com outros oito trabalhadores no fundo de uma van, protegido por uma placa de gesso. "Era difícil respirar", diz. Ao cruzar um posto de controle, no entanto, foram descobertos por soldados israelenses.
De acordo com a narrativa de Akram, que não é possível verificar, os militares pediram que o motorista retirasse o gesso. Quando se negou, passaram a destruir a placa com o cabo de suas armas, ferindo trabalhadores.
Ao serem retirados da van, os trabalhadores foram algemados e agredidos. O operário mostra marcas em suas costas que afirma serem de costelas quebradas.
"Não conseguia mais respirar e, enquanto isso, soldados tiravam fotos."
