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Análise

Definição ocidental de extremismo só faz agravar problemas da guerra civil

JAMES HARKIN DO "GUARDIAN"

No mês passado, os governos do Reino Unido e Estados Unidos suspenderam as entregas de assistência não letal ao grupo que favorecem entre os rebeldes sírios moderados, o ELS (Exército Livre Sírio).

Isso aconteceu porque o ELS está mais morto que os dinossauros, e a assistência vinha sendo confiscada por uma coalizão mais nova de grupos rebeldes chamada Frente Islâmica.

Este mês, a Frente Islâmica em questão, acompanhada pela Jabhat al-Nusra, afiliada síria da Al Qaeda, liderou um prestativo ataque contra o mais impiedoso dos grupos da Al Qaeda no norte da Síria, o Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL).

Pelo menos 50 integrantes do EIIL, de acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, foram sumariamente executados; algumas de suas famílias foram sequestradas e agredidas. São esses os novos moderados.

Nossa confusa abordagem quanto à Síria representa a internacionalização de um problema conhecido --nossa definição de extremismo, e como vencê-lo.

A insensatez de nossa abordagem quanto à rebelião síria confunde nossa suposta missão na região --levar paz e democracia aos sírios-- e nossa inflexível determinação de usar prepostos para defender nossos interesses. Nossos novos amigos na Frente Islâmica são em geral muçulmanos salafistas.

Não há coisa alguma de errado nisso, e eles estão longe de ser terroristas internacionais. Por outro lado, um pouco de tortura não os desagrada, e alguns estão repletos de ódio às minorias sírias.

Ao intervir de maneira assustada a fim de encontrar aliados e alegar representação, as instituições de combate ao extremismo tendem a agravar o problema.

Se o ritmo atual de atrito for mantido, nossos próximos aliados na Síria provavelmente serão os grupos da Al Qaeda que não desejam nos combater, e que só se opõem aos inimigos extremistas que existem por lá.


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