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Ativista diz ter sido sequestrado e sofrido tortura

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A polícia da Ucrânia investiga a acusação feita pelo ativista oposicionista Dmitro Bulatov, 35, de que foi mantido em cativeiro por mais de uma semana e torturado --sumido desde o dia 22, ele reapareceu anteontem à noite na periferia da capital do país, Kiev.

Com o rosto e as roupas cobertas de sangue e marcas de agulhas nas mãos, o ativista afirmou que os sequestradores lhe deram socos e cortaram parte de uma orelha e do rosto, além de fincar as agulhas.

"Eles me crucificaram. Não há parte do meu corpo que não tenha sido socada", declarou em entrevista. O ativista disse ainda não ter conseguido identificar os sequestradores.

Levado a um hospital ainda na quinta à noite, Bulatov foi incluído numa lista de procurados pela polícia, acusados por distúrbios nas manifestações.

Oposicionistas disseram à BBC que policiais foram ao hospital para prendê-lo; a polícia alegou que quer apenas questioná-lo no inquérito sobre o caso.

Um funcionário do Ministério do Interior ucraniano que não quis se identificar afirmou à rede britânica que o governo suspeita que o sequestro de Bulatov tenha sido forjado, numa tentativa de reacender as manifestações.

O ativista é membro da Automaidan, grupo de donos de carros que fizeram uma série de bloqueios a casas de políticos governistas como parte dos atos contra o presidente ucraniano, Viktor Yanukovich.

Segundo um membro do grupo, Oleksi Hritsenko, eles tiveram carros queimados em represália aos atos.

Em dezembro, além das manifestações diante das casas dos governistas, o grupo bloqueou Kiev. Devido à ação dos militantes, Yanukovich proibiu reuniões com mais de cinco carros, medida derrubada pelo Parlamento na terça, junto com a maioria dos artigos da lei antiprotestos.

A Automaidan promoveu uma campanha para achar Bulatov, em que chegou a oferecer US$ 25 mil (R$ 61 mil) por pistas que ajudassem a localizá-lo.


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