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Investigação de desvio de verbas é criticada pelo governo Cristina

US$ 5,4 mi foram desviados das Mães da Praça de Maio, diz relatório

LÍGIA MESQUITA DE BUENOS AIRES

O governo de Cristina Kirchner questionou ontem a "intenção" da investigação da Auditoria-Geral do país, que fiscaliza o uso de verba pública, no caso de desvio de recursos da associação Mães da Praça de Maio em um programa de casas populares.

O resultado da investigação, que teve início em 2011, foi divulgado anteontem e aponta o desvio de 42 milhões de pesos (US$ 5,4 milhões) da entidade de direitos humanos no programa "Sonhos Compartilhados". A ONG administrava um fundo de US$ 300 milhões repassados pelo governo federal.

Segundo o chefe de gabinete da Presidência, Jorge Capitanich, o relatório da Auditoria é "carente de lógica, sentido e rigor". "São opositores que fazem informes para criticar o governo", disse.

Além do desvio, a investigação mostra pagamentos feitos pelos então administradores das Mães, os irmãos Pablo e Sérgio Schoklender, a empresas que não eram do ramo da construção civil.

O presidente da Auditoria-Geral, Leandro Despouy, ligado à sigla de oposição UCR (União Cívica Radical), disse à Folha que a investigação "é tão contundente e documentada que fala por si só".

Os irmãos Schoklender, que foram presos acusados de matar os pais biológicos, foram adotados não oficialmente por Hebe de Bonafini, presidente da ONG, e administravam as contas da entidade. Sérgio chegou a ser preso após o escândalo de corrupção ser revelado, em 2011.

Em entrevista a uma rádio, Bonafini disse que "ainda hoje [as Mães] estão pagando as dívidas dos Schoklender" e reafirmou que a associação não tem nada a ver com esse desvio.


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