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Mudança de governo na Itália agrada aos mercados

Matteo Renzi, 39, deve ser confirmado premiê, o mais jovem da história do país

Bolsa de Milão subiu 1,62%; empresários veem mudança como oportunidade de dar fim à crise financeira

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A virtual ascensão de Matteo Renzi, 39, ao governo da Itália provocou otimismo nos mercados e em empresários do país. Ele deve ser nomeado neste fim de semana ao cargo de primeiro-ministro. Será o mais jovem a ocupar o posto na história italiana.

O atual prefeito de Florença substituirá Enrico Letta, 47, que perdeu o apoio do Partido Democrata, ao qual os dois pertencem. O atual chefe de governo entregou ontem sua renúncia ao presidente Giorgio Napolitano.

No microblog Twitter, Letta agradeceu a seus aliados e disse: "Cada dia como se fosse o último". A frase resume suas dificuldades em dez meses de governo.

Letta foi submetido a quatro votos de confiança, devido às desavenças com o ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi, com quem foi obrigado a formar coalizão.

Entre os motivos para os aliados do magnata saírem do governo está a expulsão de Berlusconi do Parlamento por ter sido condenado à prisão por fraude fiscal.

A dificuldade política impediu que Letta aprovasse medidas para dar fim à crise econômica. O PIB italiano fechou o quarto semestre do ano passado com queda de 0,8% em relação a 2012, e o desemprego atingiu 12,7%.

Por isso, o mercado financeiro interpretou a renúncia com otimismo. Ontem, a Bolsa de Milão fechou com alta de 1,62%, tendência seguida por outros índices da Europa.

Empresários afirmam que a entrada de Renzi pode fazer com que o país consiga aprovar as reformas necessárias para dar fim à crise.

AMBICIOSO

Descrevendo-se como ambicioso e prometendo ficar no governo até 2018, Renzi fez uma série de manobras políticas antes de chegar ao ponto de ser o primeiro-ministro.

No ano passado, ele tentou assumir a chefia do Partido Democrata, mas foi derrotado pelo veterano Pier Luigi Bersani, que liderou a coalizão vencedora na eleição que levou Letta ao poder.

Em dezembro, Renzi reverteu a derrota e virou secretário-geral com 70% dos votos. No mês seguinte, reuniu-se com Berlusconi para discutir a reforma política na Itália.

A reunião foi encarada como um desafio a Letta e levantou rumores de que o chefe de governo poderia ser derrubado, confirmados ontem.

Ontem, o magnata disse ter sintonia com Renzi por "não pertencer à escola comunista" e ironizou Letta por "ter perdido para o prefeito de uma cidade pequena".

O virtual primeiro-ministro já tem o apoio do Escolha Cívica, do ex-premiê Mario Monti, e da nova centro-direita, de Angelino Alfano, ex-aliado de Berlusconi.


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