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Ditador norte-coreano tem 100% de apoio em eleição controlada pelo regime

Eleitores podiam optar apenas entre "sim" e "não"; pessoas que quisessem votar no "não" deveriam se dirigir a cabine separada

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A imprensa oficial norte-coreana anunciou a vitória, por 100% dos votos e sem abstenção, do ditador Kim Jong-un nas eleições legislativas de domingo, absolutamente controladas pelo regime.

O resultado do pleito era conhecido antes mesmo do processo eleitoral. Assim como o número de assentos na Assembleia Suprema do Povo, o país tem 687 circunscrições. Como só havia um candidato por circunscrição, todos os concorrentes -- que são apontados pelo partido único-- foram eleitos.

Os eleitores puderam optar apenas entre sim' e não'. Segundo o correspondente da Al Jazeera Stefanie Dekker, o eleitor que quisesse votar no não' deveria se dirigir a uma cabine separada das outras, "algo que poucos estão dispostos a arriscar".

Kim concorria na circunscrição de número 111, a do Monte Paektu. O monte tem uma dimensão sagrada pois, segundo o regime, Kim Jong-il, pai do atual ditador, morto em dezembro de 2011, nasceu no local.

Além de deputado, Kim Jong-un também é comandante supremo das Forças Armadas e presidente da Comissão Nacional de Defesa.

ABSTENÇÃO ZERO

A lei afirma que o voto é facultativo, mas a imprensa estatal destacou que todos os eleitores registrados compareceram aos locais de votação, com exceção daqueles que estão fora do país.

De acordo com a agência oficial, o resultado "expressa o apoio absoluto do povo e sua profunda confiança no supremo líder Kim Jong-un".

As eleições legislativas acontecem a cada cinco anos.

A assembleia norte-coreana se reúne apenas uma ou duas vezes por ano para confirmar as decisões tomadas pelo partido único.

A votação serve à ditadura para atualizar o censo, já que os funcionários responsáveis por organizar o processo visitam todas as residências para confirmar a presença ou ausência de eleitores registrados. A lista de candidatos também serve aos analistas estrangeiros para conhecer as promoções ou punições de dirigentes do regime.


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